No dia 16 de fevereiro de 2011, na sede da CNEN no Rio de Janeiro, o
presidente da SBBMN, Dr. Celso Darío Ramos, e os diretores Dr. Ricardo
Brandão e Dr. Claudio Tinoco Mesquita, se reuniram com o presidente da
CNEN, professor Odair Dias Gonçalves, e com o diretor de pesquisa e
desenvolvimento da entidade, Dr. Marcos Nogueira Martins.
Na reunião,
foram discutidas possíveis medidas para o desenvolvimento da Medicina
Nuclear, considerando a decisão governamental da presidente Dilma
Rousseff, confirmada pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio
Mercadante, em entrevista ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes,
em 13 de fevereiro de 2011: construir no Brasil um reator multipropósito
para produzir radioisótopos para uso médico.
O professor Odair
mostrou as dificuldades orçamentárias da CNEN, apresentou uma planilha,
segundo a qual a produção de geradores de tecnécio-99m pelo IPEN é
deficitária e afirmou que o aumento de preços é necessário para recompor
o orçamento da Comissão.
A SBBMN ressaltou a importância de que,
associado ao investimento no reator, haja investimento direto no
crescimento da Medicina Nuclear, a principal usuária desses insumos
radioativos e que é contraditório "sufocar" a especialidade com mais
esse aumento de preços, além dos vários aumentos indiretos que já vem
sofrendo.
Foi discutida a necessidade de incrementar o ensino e a
pesquisa na área, formar um número maior de médicos nucleares, físicos,
radiofarmacêuticos e biomédicos, principalmente, nas universidades
públicas brasileiras, aptos a trabalhar com materiais produzidos pelo
novo reator para que todo o investimento se reverta em melhoria da saúde
da população, desenvolvimento tecnológico e ensino profissionalizante
no país.
Ao final, ficou definido que o reajuste nos preços dos
radiofármacos fica adiado até o final de março e, neste prazo, CNEN e
SBBMN se comprometeram a planejar ações conjuntas, como viabilizar a
revisão da tabela do SUS. Os resultados dessa reunião serão apresentados
ao Ministério da Ciência e Tecnologia, protagonista principal do
desenvolvimento dessa área. CNEN e SBBMN se posicionaram de modo a cada
vez mais se tornarem parceiras no uso benéfico da energia nuclear.
Fonte: SBBMN
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