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quarta-feira, julho 28, 2010

Mais dois meses de espera em Joinville-SC


Acelerador Linear está em fase de ajustes finais


Se tudo ocorrer conforme o cronograma, o acelerador linear deverá começar a ser utilizado no tratamento de pacientes com câncer no Hospital Municipal São José, em Joinville-SC, em dois meses. O equipamento foi comprado pelo Estado em 2006, e, depois de três licitações fracassadas, a construção da casamata foi concluída. Esta semana começa a fase dos ajustes finais.

“Até o fim da semana, técnicos do fabricante devem chegar à cidade para calibrar a máquina”, diz o diretor do hospital, Tomio Tomita. O equipamento que será utilizado nesse processo já está na casamata. O objetivo é verificar se o nível de radiação indicado pelo equipamento é mesmo o que chega ao paciente. O trabalho deve durar uma semana.

“Depois disso, solicitaremos uma nova visita da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), responsável por fiscalizar se não há vazamento de radiação”, explica. “Só depois da liberação é que os funcionários do setor de oncologia do hospital passarão por um mês de treinamento para operar o acelerador linear”, diz Tomita. “Está tudo dentro do cronograma”, afirma Tomita. “Começamos as obras da casamata no fim de outubro, e para quem esperou cinco anos, um mês de diferença não é nada”, diz Tomita.

Assim que começar a funcionar, a expectativa é de que o número de pacientes diários na radioterapia do São José dobre. “Joinville passará a ser referência na região e deveremos atender a cerca de 120 pacientes de diversos municípios”, diz o chefe do setor de radioterapia do Hospital São José, Ricardo Polli.

Atualmente, cerca de 60 pacientes de radioterapia do hospital são submetidos ao tratamento com a bomba de cobalto, em operação há 20 anos. “Aqueles que têm indicação para tratamento com acelerador linear estão sendo encaminhados para Jaraguá do Sul”.

Mas a bomba de cobalto não será aposentada. Assim que o acelerador entrar em operação, ela receberá uma nova pastilha radioativa, que precisa ser trocada periodicamente. A Prefeitura licitou e importou a pastilha por cerca de R$ 400 mil. “O tempo de uso do aparelho, sem essa manutenção, faz com que os efeitos colaterais se sobreponham ao benefício, por isso o empenho em investir na compra de equipamentos mais modernos como o acelerador e a manutenção da bomba de cobalto, reivindicações médicas há mais de 15 anos”, ressalta.

Fonte: A Notícia (com adaptações)

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