As mulheres que receberam radioterapia contra o cancro durante a adolescência podem ter maiores probabilidades de que os seus filhos tenham morte neonatal, segundo os resultados de um estudo difundido pela revista médica britânica The Lancet.
A irradiação nos ovários ou no útero na puberdade pode aumentar esta tendência no futuro, revelou uma análise que envolveu 2085 pacientes, entre os quais 1651 mulheres que tinham menos de 21 anos quando o tumor foi diagnosticado.
Os cientistas do Instituto Nacional de Epidemiologia em Rockville e da Universidade de Vanderbilt, Tennessee - EUA chegaram a estas conclusões depois de acompanharem pessoas sobreviventes do cancro durante cinco anos.
Nos homens, no entanto, não se encontrou nenhuma associação entre a radiação na região testicular durante a adolescência e um maior risco de morte neonatal ou fetal.
Os cientistas desconhecem as razões que tornam o útero irradiado mais propenso a sofrer alterações, mas acreditam que pode estar relacionado com a vascularização ou a formação da placenta.
Fonte: Portal de Oncologia Português (com adaptações)
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