O governo de centro-direita da Espanha poderá permitir que uma planta
nuclear em processo de envelhecimento continue aberta depois do prazo
de 2013 estabelecido pelos predecessores socialistas para o seu
fechamento, informou um jornal espanhol no início do mês.
Grupos ambientalistas protestaram que a Espanha está fora do
caminho assumido por países como Alemanha, que fechou sete plantas
nucleares mais antigas depois do desastre de Fukushima no Japão no ano
passado e planeja fechar o restante em uma década.
Em 2009, o então premiê Jose Luis Rodriguez Zapatero ordenou que
a usina Garona fosse fechada em 2013, quando estaria em operação por
dois anos além da vida útil de referência de 40 anos. A decisão de
Zapatero ocorreu depois que o Conselho de Segurança Nuclear determinou
que a planta poderia funcionar com segurança até 2019.
O jornal El Mundo informou que o ministro da indústria Jose
Soria, que assumiu o cargo na semana passada depois que o seu Partido
do Povo (PP) saiu vitorioso na eleição de 20 de novembro, disse que não é
"um adepto de deixar de utilizar essa capacidade por cinco anos". Soria
foi citado dizendo que nenhuma decisão foi tomada. Oficiais do
Ministério da Indústria não estavam disponíveis para comentar.
A Garona, propriedade conjunta das duas maiores
empresas elétricas espanholas, Iberdrola e Endesa, tem 460 megawatts
(MW), ou cerca de 0,5% do total da capacidade da Espanha, e portanto o
seu fechamento não causaria problemas de suprimento.
Usinas nucleares em operação são lucrativas,
entretanto, e em sua campanha eleitoral fracassada, os Socialistas
propuseram a introdução de uma taxa a estas.
Os eleitores espanhóis são em geral contra a
energia nuclear - que fornece 21% da eletricidade do país - e não são
planejadas novas plantas.
Além da Garona, outros sete reatores da Espanha são muito mais novos e espera-se que operem ao menos até os anos 2020.
Fonte: Terra
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