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quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Depósito de rejeitos radioativos

País terá sua primeira área de armazenamento radioativo até 2015

 

Para conseguir o licenciamento ambiental do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e realizar Angra 3, uma coisa é certa: haverá a necessidade da construção de um depósito para acomodar os rejeitos radioativos da obra, prevista até 2015.  

Segundo João Roberto Loureiro de Mattos, diretor do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), o local que sediará o repositório ainda não foi escolhido, mas o processo de seleção levará em conta fatores como a densidade populacional da região e a existência de áreas de preservação e de mananciais de água.  

De acordo com as determinações do Ibama, as instalações do repositório precisam estar licenciadas até o início da operação da usina. Isso porque neste depósito ficarão armazenados os rejeitos de baixa e média atividade das usinas nucleares brasileiras, da fábrica de combustível das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), localizada em Resende (RJ), e do descomissionamento de reatores de pesquisa.  

Entenda-se por rejeitos de baixa e média atividade os resíduos da purificação da água dos reatores, imobilizados em matriz de cimento ou em betume, além de roupas, filtros, papéis e outros materiais utilizados em instalações nucleares. Eles serão colocados em embalagens metálicas de 1 metro cúbico ou em tambores metálicos de 200 litros, posteriormente acondicionados em contêineres de concreto no novo depósito, e terão monitoração 24 horas por dia.  

A responsabilidade pelo empreendimento será da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), que colocou o CDTN, de Belo Horizonte (MG), à frente do desenvolvimento do projeto, cujo detalhamento será feito ao longo deste ano. 

Hoje, os rejeitos das usinas nucleares do País são armazenados dentro de depósitos iniciais, previstos por normas internacionais, situados dentro das próprias unidades. O mesmo vale para as instalações do ciclo do combustível nuclear.

Fonte: EPTV.COM

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