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quinta-feira, setembro 29, 2011

Treinamento para END no interior de São Paulo

Em Pindamonhangaba-SP, a END TreinamentUS é uma empresa especializada em treinamento e prepara profissionais para as provas de qualificação. A empresa conta com uma estrutura de cps (corpos de prova) para cada sub-nível, com capacitação e orientação em Ensaios Não Destrutivos por ultrassom industrial.
 
A END TreinamentUS  é procurada por profissionais de vários estados do Brasil, e se orgulha de ser a única da região para direcionar profissionais que desejam uma certificação ABENDI (Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção).

Idealismo

Luiz Fernandes Prolungati é seu idealizador e diretor.  A END TreinamentUS nasceu da necessidade do aluno ter uma orientação para fazer a prova de qualificação por ultrassom. Antes da empresa, Prolungati  já era procurado por alunos que iam fazer a prova de qualidade: "Eu atendi muitos alunos na mesa da cozinha da minha casa. Eu já era qualificado, eles queriam que eu os aconselhasse e orientasse sobre a prova", conta.

 

 Parceria

A boa novidade a partir de agora, é que a Tenaris Confab dirige os seus funcionários à END TreinamentUS. Lá, eles são orientados e treinados para atuarem dentro da empresa na área de ultrassom.
 
Para Luiz Fernandes, a parceria entre duas empresas de credibilidade é mais uma prova de que  a END TreinamentUS, com grande índice de aprovação de profissionais no mercado, vem crescendo e ganhando espaço.
 
Em entrevista exclusiva, os funcionários, agora qualificados pela ABENDI (Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção), falaram sobre o bom resultado obtido depois de serem treinados pela END TreinamentUS.

"São três chances para passar na prova, nós passamos de primeira. Tivemos um resultado muito positivo!", contou Pedro Freitas. Ele lembra que é comum dificuldade de candidatos que buscam a aprovação e só têm três chances. Em 10 dias de treinamento, Pedro Freitas e Edenilson Bezerra, funcionários da Tenaris, conseguiram se preparar o suficiente para conseguir a qualificação.
 
Pedro Freitas é um dos funcionários da Tenaris Confab, que foi aprovado
Luiz Fernandes Prolungati, idealizador e diretor-presidente da END TreinamentUS, mostrou-se satisfeito. Durante o Treinamento, os funcionários tiveram a orientação assídua de Luiz Fernandes. Para Edenilson Bezerra, a conquista da qualificação deve-se ao diferencial da END TreinamentUS, “A dedicação e a atenção que o Prolungati teve para passar o treinamento, é o diferencial", disse o qualificado.

Segundo Pedro, são três dias de prova e várias etapas a serem cumpridas.“ Normalmente quando você vai fazer uma prova desse tipo, na hora sempre dá uma dúvida, alguma coisa que você ainda não tinha visto... Mas com a gente foi diferente, chegamos lá e sabíamos o que tínhamos que fazer”, disse.
Depois de passar pelo treinamento, Edenilson Bezerra é qualificado pela ABENDI
 Com a aprovação pela ABENDI, abre-se uma frente de trabalho muito maior para os qualificados. “As obras que são feitas para a Petrobrás exigem um profissional qualificado pela ABENDI. Com essa qualificação, nós podemos atender as obras, porque falta mão de obra especializada dentro da empresa, muitas vezes tendo que contratar mão de obra terceira.”, concluiu Pedro.

A END TreinamentUS tem seu endereço na Rua Francisco Joaquim de Oliveira Filho, 123 - Bairro Mombaça, Pindamonhangaba - SP

Conheça o site da empresa: www.endtreinamentus.com.br



Fonte: Agrovale (com adaptações).

terça-feira, setembro 27, 2011

Metalurgia ganha espaço com crescimento econômico e grandes eventos

Indústria naval, automobilística e construção civil buscam mão de obra especializada

Desde a antiguidade até o dias atuais a metalurgia deu um salto em qualidade e tecnologia que nem mesmo o maior visionário poderia supor. Hoje, o setor trabalha com processos que envolvem técnicas refinadas que vão do uso de ligas especiais para diversos fins até a soldagem. Essa evolução vem obrigando os profissionais a se especializarem e aumentar o conhecimento para não correrem o risco de ficarem defasados.

Segundo Maurício Ogawa, especialista em metalurgia do Senai, com o crescimento da economia do Brasil o setor ganhou novo impulso a partir dos vários projetos em andamento. "São plataformas de petróleo, navios, fábricas de automóveis, construção civil, siderúrgicas, complexo petroquímico de Itaborai, usina de Angra 3, porto de Açu entre outros empreendimentos. Não podemos esquecer, ainda, do Pré- Sal que irá exigir mais profissionais",  explica.
 
Para Ogawa os grandes eventos como a Copa do Mundo em 2014 e a Olimpíada de 2016 exigirá obras de infraestrutura onde a metalurgia estará presente. "Temos visto na cidade do Rio obras visando estes dois eventos. Elas irão exigir pessoal capacitado, por isso considero o mercado em alta para quem já atua ou pretende ingressar nele", revela.

"A procura por profissionais capacitados é bastante grande. As empresas querem pessoal que esteja atualizado com os processos e tecnologias empregadas no setor seja nas validações a partir de ensaios não destrutivos a aplicação de líquidos ou partículas magnéticas ou o uso de outras técnicas como ultrassom, raio-x, phased array, por exemplo. E a procura vem recaindo em quem está atualizado", garante.

Mas a procura não se restringe unicamente por trabalhadores de alta qualificação. O mercado quer pessoal que tenha conhecimento em soldagem. "Um exemplo está na indústria naval, onde este tipo de profissional tem bastante procura e a tendência é aumentar mais, com as encomendas de novos navios e de  plataformas pela Petrobrás. Em média são contratados cerca de 100 soldadores mensalmente", diz Maurício Ogawa.

A procura por cursos de qualificação no Senai superou qualquer expectativa do órgão. Segundo  Ogawa há uma fila de espera imensa." O Senai tem procurado atender esse volume de pessoas que querem se qualificar ou aprender uma profissão neste setor. Entretanto, há uma certa dificuldade de atendé-los. Só para se ter uma ideia, vários de nossos cursos são gratuitos, mas teve gente que se propôs a pagar, só para conseguir a vaga. Explicamos que isso não era possível. A saída foi aguardar por uma vaga" , conta o representante do Senai.

Assim como as fábricas de automóveis abrem um terceiro turno de funcionamento, o Senai também teve que partir para cursos durante a noite: Corujão e Galo da Madrugada. "Começamos de forma experimental,até porque não tínhamos certeza de que teríamos tantos alunos para esse horário. Hoje, a procura é imensa e as turmas cheias, o que demonstra  o interesse das pessoas em se qualificarem, independente do horário", conclui.

Fique por dentro

A região Sul do Estado do Rio emprega 20.216 trabalhadores, enquanto a Leste é a segunda maior empregadora, com 11.201 trabalhadores, seguida da capital, com 10.832.

Em todo o estado há 49.070 empregados no setor, com salário médio de R$ 2.304,44. O segmento conta com 569 estabelecimentos no estado do Rio.

O Rio paga melhor no setor de Metalurgia, com salário médio de R$ 2.538,22. A região da Baixada Fluminense, no entorno de Duque de Caxias, é a que registra os melhores salários aos trabalhadores com formação de Ensino Médio completo (em média, R$ 2.401,68).

Aqueles que têm escolaridade mais alta, especialistas e engenheiros com ênfase em Metalurgia, recebem, na capital,em média, R$ 6.247,00. 

Fonte: O Dia Online

sábado, setembro 24, 2011

Conversa com a Presidente Dilma

 Coluna semanal da Presidenta Dilma Rousseff no site Umuarama Ilustrado

Maria de Nazaré, doméstica de Ananindeua (PA) – "Gostaria que a senhora colocasse mais mamógrafos na rede pública de saúde no estado do Pará."

Presidente DilmaMaria, esta questão dos mamógrafos me preocupa muito, pois eles são fundamentais para os exames preventivos. Por isto, o Ministério da Saúde realizou, pela primeira vez, uma vistoria em todos os aparelhos de mamografia credenciados ao Sistema Único de Saúde. Esta foi uma das primeiras ações do Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo de Útero e de Mama, que lançamos em março. A conclusão do levantamento foi a de que o número de mamógrafos é suficiente, mas eles estão concentrados nas capitais, têm baixa produtividade e muitos estão inoperantes por falta de profissionais especializados. Já iniciamos parcerias com estados e municípios para recuperar os aparelhos parados por falta de manutenção e capacitar 25 mil técnicos em radiologia até 2015. Nos próximos quatro anos, ampliaremos a oferta do tratamento, com a implantação e atualização tecnológica dos serviços de confirmação diagnóstica, tratamento, quimioterapia e radioterapia. No Pará, o SUS conta com 38 mamógrafos, dos quais 15 estão em Belém. Por isso, vamos instalar novos mamógrafos nos municípios do interior, inclusive com unidades móveis, tanto terrestres quanto fluviais. O câncer tem cura e o diagnóstico precoce é fundamental.

terça-feira, setembro 20, 2011

Alemanha reduz usinas nucleares sob ceticismo de especialistas

Depois do ocorrido em Fukushima, o governo alemão desligou oito dos 17 reatores e planeja desativar os restantes até 2022

Desde o período sombrio pós Segunda Guerra Mundial, a Alemanha não tinha blecautes tão significativos. No entanto, o país se prepara para essa possibilidade depois da desativação de metade de seus reatores nucleares, praticamente de uma hora para a outra.

Usinas nucleares há muito tempo geram quase um quarto da eletricidade da Alemanha. Mas depois do terremoto seguido de tsunami que disseminou radiação por Fukushima, no Japão, o governo resolveu desligar oito mais antigos dos 17 reatores da Alemanha – incluindo os dois localizados nesta cidade industrial – em alguns dias. Três meses depois, com um novo plano para dar eletricidade ao país sem fazer uso da energia nuclear e uma crescente dependência da energia renovável, o Parlamento votou por fechar as usinas permanentemente. E há planos para aposentar os restantes nove reatores até 2022.

Como resultado, os produtores de eletricidade estão lutando para garantir um fornecimento adequado. Clientes e empresas estão nervosos sobre o funcionamento continuo de suas casas e linhas de montagem neste inverno. Economistas e políticos discutem de quanto será a elevação dos preços.

"É fácil dizer: 'Vamos adotar as energias renováveis', e eu tenho certeza que podemos ficar sem a energia nuclear um dia, mas essa decisão foi muito abrupta", disse Joachim Knebel, cientista-chefe do Instituto de Tecnologia Karlsruhe.

Ele caracterizou a decisão do governo de desligar as usinas como "emocional" e apontou que, na maioria dos dias, a Alemanha tem sobrevivido a essa experiência apenas através da importação de eletricidade das vizinhas França e República Checa, que geram grande parte da sua energia com reatores nucleares.

Depois, há preocupações reais de que esse plano vai abandonar os esforços para conter o aquecimento global causado pelo homem, uma vez que, apesar de suas falhas, a energia nuclear gera poucas emissões. Se a Alemanha, a quarta maior economia do mundo, retomar o uso de usinas de queima de carvão ou passar a depender do gás natural da Rússia, o país não estará trocando um risco potencial por um risco real?

A Agência Internacional de Energia, geralmente uma fã da política alemã de energia limpa, tem sido crítica. Laszlo Varro, chefe do divisão de carvão, gás e mercados de energia da agência chamou o plano de "muito, muito ambicioso, embora não seja impossível, já que a Alemanha é rica e tecnicamente sofisticada."

Mesmo que a Alemanha consiga produzir a eletricidade de que precisa, "a moratória nuclear é uma notícia muito ruim em termos de política climática", disse Varro. "Nós não estamos longe de perder essa batalha e perder a energia nuclear torna isso desnecessariamente difícil."

O governo rebate que está preparado para fazer grandes investimentos na melhora da eficiência energética em casas e fábricas, bem como em novas fontes de energia limpa e linhas de transmissão. Até agora, não houve apagões.

Juergen Grossmann, diretor-executivo da gigante de energia alemã RWE, que possui dois reatores fechados em Biblis, localizada a cerca de 65 km ao sul de Frankfurt, expressaram ceticismo. "A Alemanha, em uma decisão muito precipitada, decidiu fazer experimentos consigo mesma", disse ele. "A política é ignorar os argumentos técnicos."

A Equação Nuclear

Os planejadores da Alemanha acreditavam que poderiam abrir mão da energia nuclear em grande parte por causa do notável progresso do país em energia renovável, que agora responde por 17% de sua produção de eletricidade, um número que o governo estima que vai dobrar em 10 anos. Nos dias em que as turbinas de energia eólica marítimas funcionam a todo vapor, a Alemanha produz mais eletricidade de fontes renováveis do que consome, de acordo com monitores europeus de energia.

A Alemanha "superou as expectativas de todos a respeito da energia renovável", disse Varro, mostrando que ela pode ser rentável e confiável.

Até fechar os reatores, a Alemanha era o principal exportador de energia da Europa.

Com um total de 133 gigawatts de capacidade de geração instalada no local no início deste ano, "havia realmente uma grande folga que possibilitava desligar as usinas nucleares", disse Harry Lehmann, diretor geral da Agência Federal do Meio Ambiente e um dos líderes políticos da Alemanha sobre energia e meio ambiente.

O país precisa de cerca de 90,5 gigawatts de capacidade de geração para preencher uma demanda nacional típica de cerca de 80 gigawatts por dia. Assim, os 25 gigawatts que a energia nuclear gera não fariam falta – pelo menos dentro de suas fronteiras.

Em nome da prudência, o plano prevê a criação de 23 gigawatts por usinas de gás e carvão até 2020. Por quê? Porque as usinas renováveis não produzem sua total capacidade caso o ar esteja calmo ou o céu nublado, e há atualmente uma capacidade limitada para armazenar ou transportar eletricidade, dizem os especialistas em energia.

Os oficiais do governo garantiram que as novas usinas de carvão e gás usarão as tecnologias mais limpas disponíveis e não devem agravar as mudanças climáticas, porque vão operar dentro do sistema de comércio de carbono europeu - em que as usinas que excedem as emissões permitidas tem que comprar créditos de carbono de empresas cujas atividades são ambientalmente benéficas, equilibrando as emissões.

O preço da eletricidade deverá aumentar de 35 a 40 euros (US$ 50 a US$60) por família por cada ano, ou menos de 5%, estima o governo. Embora a energia nuclear geralmente custe menos do que as opções mais novas, a lei alemã há muito tempo estipulou que as energias renováveis devem ser compradas primeiro, mesmo se forem mais caras.

Mas os céticos consideram as premissas do governo excessivamente otimistas. Stefan Martus, prefeito de Philippsburg, acredita que o custo da energia pode subir mais dramaticamente do que as estimativas e que o preço dos créditos de carbono para compensar o uso de usinas sujas é altamente imprevisível e variável, como o valor das ações. Além disso, a Agência Internacional de Energia não acha que a Alemanha – ou qualquer outro país – seja capaz de reduzir suas emissões a um custo razoável, sem a energia nuclear.

Funcionários da agência de energia também questionam as previsões de que o uso de eletricidade cairá 10% ao longo da próxima década, dada a expansão projetada de crescimento elétrico da economia alemã. A família média alemã já utiliza apenas cerca de metade da eletricidade de uma família americana.

"Sim, existe uma angústia alemã a respeito da energia nuclear", disse Cornelius Hildegard-Gaus, prefeito de Biblis. ''Mas se você formular a pergunta: ‘Será que queremos abandonar progressivamente a energia nuclear se isso levar a um aumento no custo e mais risco de apagões?’ A resposta seria muito diferente.''

Uma História Ambivalente

Mesmo antes de Fukushima, os dias da energia nuclear na Alemanha estavam contados. Biblis já foi palco de gigantescas manifestações antinucleares e a Alemanha estava em processo de criar um plano para a lenta e gradual eliminação da energia nuclear até 2023.

O país havia se tornado líder mundial em energia eólica e mestre em implementar mais eletrodomésticos e casas eficientes, depois de ter construído dezenas de milhares de "casas passivas" que faziam uso do auto-aquecimento.

Ainda assim, a chanceler Angela Merkel, uma física de formação, decidiu no ano passado estender as licenças de operação das usinas nucleares no país por preocupação de que a inovação por si só não satisfaça o apetite de energia do país.

Fukushima mudou tudo. O fato do Japão ser um país tecnologicamente avançado fez do acidente nuclear algo ainda mais alarmante para o povo alemão do que o desastre de Chernobyl, em um reator da antiga União Soviética. Apesar disso, especialistas da indústria e moradores de cidades como Biblis e Philippsburg ficaram surpresos com a rapidez da mudança.

As duas cidades vão perder centenas de empregos e milhões em receitas fiscais. As empresas de energia alemãs, no entanto, dizem ter recebido um modelo nacional de energia que parece bom no papel, mas é tecnicamente desafiador. Embora a produção de energia do país seja abundante, eles dizem que não está sempre disponível onde e quando é necessária.

O norte da Alemanha tem ventos marítimos e depósitos de carvão, mas o sul da Alemanha – um epicentro de fabricação de marcas como Mercedes, BMW e Audi – não tem fontes de energia abundantes com exceção da energia nuclear. O atual fornecimento de energia da Alemanha é altamente descentralizado, sem linhas de alta tensão de transmissão de eletricidade para longas distâncias.

"Agora, com o fechamento das usinas nucleares, temos uma tarefa muito difícil", disse Joachim Vanzetta, chefe de operações do sistema de transmissão da Amprion, a maior empresa de energia das quatro existentes no país.

Neste inverno, a Amprion prevê que sua grade terá 84 mil megawatts de eletricidade à sua disposição, para fornecer 81 mil megawatts necessários para o consumo – uma margem de segurança desconfortavelmente pequena, segundo Vanzetta. Em anos anteriores, a eletricidade estava prontamente disponível para compra na rede europeia se o preço fosse certo. Mas a exportação da energia alemã é o que ajudou a manter a França brilhando no inverno.

"No momento, temos um sistema estressado, mas que está sob controle", disse Vanzetta. "Se tivermos dias sem vento e sem sol e não pudermos comprar energia do exterior, então haverá o risco de apagões".

 

Fonte: Último Segundo

sábado, setembro 17, 2011

Para que o lixo nuclear repouse em paz

No granito do Grimsel (que não é candidato para a estocagem final), essa simulação em corte permite ver as barras de urânio (ao centro), o container em aço e a camada de cimento de cor clara (Alessio Ferrari)


Dentro de 20 anos, a Suíça vai sair da era nuclear, em todo caso da tecnologia atual. Fica uma porta aberta para tecnologias futuras, como confirmou a comissão de energia do Senado.

Resta enterrar dezenas de milhares de toneladas de lixo radioativo das usinas nucleares. Na Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), testa-se uma estocagem a barreiras múltiplas em que o lixo poderia ficar séculos, até tornar-se inofensivo.

Hoje, o lixo nuclear das centrais suíças esfriam muito lentamente em imensas piscinas nas próprias usinas e no depósito intermediário de Würenlingen, cantão de Argóvia (norte). Desde 2006 e a moratória votada pelo Parlamento para a construção de novas usinas, a Suíça deixou de enviar o lixo radioativo ao gigante francês Areva, para reciclagem na usina de La Hague.

A reciclagem existe: A Areva afirma que 96% das barras usadas das usinas nucleares francesas voltam a ser enriquecidas para reutilização como combustível. Os ecologistas do Greenpeace desmentem e dizem que esses dados se explicam pelas exportações ilegais que vão enferrujar em depósitos na Sibéria.

É verdade, quando se trata de nuclear, nada é simples nem totalmente transparente.

Deverá ser possível

Alessio Ferrari é um cientista e não um político. Pesquisador pós-doutorando no laboratório de mecânica dos solos (LMS) da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), ele trabalha na maneira em que a rocha poderia abrigar o lixo radiativo sem que jamais ele entre em contato com o meio ambiente nem com os lençóis freáticos. É a opção de depósito em camadas geológicas profundas, escolhida pela Suíça e por seus vizinhos. Se na superfície, o processo parece marcar o passo, nos laboratórios a pesquisa avança rapidamente.

“Há uma forte aceleração, no plano europeu, nos últimos cinco a dez anos”, diz Alessio Ferrari. “Os cientistas dispõem agora de melhores laboratórios, melhores resultados, uma compreensão de como os solos se comportam quando as condições mudam. O poder público também estimula a pesquisa porque se dão conta que é preciso, enfim, encontra uma solução”.

As quatro barreiras

A parte do lixo que não pode mais ser reciclada é vitrificada, ou seja, derramada em uma matriz de vidro reputada como quimicamente estável. Mas o lixo ainda é ativo e, portanto, produz calor: até 150° durante séculos para o esfriamento total depois de 10 mil a 100 mil anos. Nada garante que radioatividade não vaze do envelope vitrificado.

Então essa primeira barreira não é suficiente. A segunda é um container de aço. Apesar de ter várias dezenas de centímetros de espessura, o container também não é uma garantia absoluta e milenar contra os vazamentos radioativos.

Isso sem contar as possíveis agressões exteriores, sobretudo da água que poderia corroer o metal. Em princípio, a rocha é pouco permeável aos líquidos, mas para não ameaçar os tataranetos, os cientistas preveem uma terceira barreira antes das rochas.

“Não podemos simplesmente colocar esses containers no fundo de um túnel”, explica Alessio Ferrari. “É preciso um material tampão entre os containers e a rocha. O que testamos atualmente é a bentonita, uma espécie de argila que tem a propriedade muito interessante de poder absorver quatro a cinco vezes seu volume inicial de líquido. Quando ela fica saturada, se torna impermeável”.

Centro de competência

No campus da EFPL, o laboratório testa portanto a resistência da bentonita e seu comportamento em situações de calor, umidade e pressão dos containers que pesarão entre 8 e 26 toneladas. Um outra parte do trabalho é feita nas encostas do Grimsel e do Monte Terri, na região do Jura (oeste), em um laboratório gerido por um consórcio internacional de órgãos públicos e de institutos acadêmicos, sob o controle da Secretaria Federal de Topologia.

Isso não quer dizer que essa rede de túneis a 300 metros de profundidade seja o futuro depósito de lixo nuclear da Suíça. Atualmente, a estocagem de lixo radioativo é inclusive proibida. “As rochas que encontramos aqui existem quase por toda parte na Suíça”, explica Alessio Ferrari. O estudo do comportamento da rocha nas mesmas condições exigidas para uma estocagem de material radioativo faz parte de seu mandato. 

Os trabalhos do laboratório LMS são em parte financiados pela NAGRA, cooperativa nacional pela estocagem de lixo radioativo, que considera o laboratório da EPFL como referência nessa área.

O século dos séculos

Mas como ter certeza de que o que é testado hoje será válido pelo que aparece como meia eternidade?

 Alessio Ferrari é consciente do problema: “A escala temporal de um laboratório é limitada no máximo a alguns anos. Para a rocha, 10 mil anos não é nada na escala de tempo geológica e vamos escolher rochas muito estáveis. Para a bentonita, devemos extrapolar através de um modelo matemático”.

É melhor, se possível, não se enganar porque o modelo suíço de depósito de lixo nuclear prevê que, uma vez fechado, não se mexa mais.


Fonte: Swissinfo.ch

quarta-feira, setembro 14, 2011

Vazamento radioativo pode ter causado mortes em hospital no RS

"Após receber denúncia de um suposto vazamento radioativo, uma comitiva de vereadores de Porto Alegre visita na tarde desta sexta-feira o Hospital de Pronto-Socorro (HPS) da capital gaúcha, uma das principais instituições de saúde do Estado. Nesta semana, documentos foram encaminhados à Câmara, com laudos de técnicos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), indicando que equipamentos do setor de raio-x do local estariam sucateados. Os vereadores também receberam informações de que dois funcionários do HPS morreram de câncer no mês passado, e a suspeita é de que a radiação tenha sido determinante para acelerar a doença.

A Secretaria Municipal de Saúde, no entanto, rechaça a hipóteses de um vazamento e contesta os laudos independentes realizados no local. Segundo a pasta, análises oficiais ocorreram na sala de raio-x e foi descartado o risco de vazamento. A secretaria, contudo, informou que, recentemente, consertou dois aparelhos do local que apresentavam problemas, mas não conseguiu identificar a falha em um tomógrafo que segue estragado.

Até as 15h, o titular da pasta, Carlos Henrique Casartelli, e membros da direção do HPS davam explicações aos vereadores sobre a denúncia. A secretaria não quis se manifestar sobre as mortes, por entender não ser um assunto da pasta, e ainda não confirma se eles trabalhavam no setor de raio-x."

Fonte: Terra

Bem, o que podemos evidenciar aí é que pode ter havido radiação de fuga, e não vazamento. E mesmo assim, a probabilidade das doses recebidas pelos trabalhadores serem suficientes para causarem câncer é mínima. Tudo depende da quantidade de tempo em que eles trabalharam alí, da avaliação da radiação de fuga, etc. Mas, quem trabalha na área sabe que isso é pouco provável.

Podemos ver com esse tipo de notícia, o quão a população tem desconhecimento acerca dos aparelhos de Raios-X e das radiações em geral, e mesmo assim, afirmam com propriedade que eles contém isótopos radioativos dentro do aparelho. Para nós, profissionais da área, sabemos que isso é, no mínimo, engraçado, pra não dizer absurdo. O problema, é que até em artigos científicos e em notícias de sites importantes se vê esse tipo de notícia sem nenhum fundamento teórico-científico. Ou mesmo, sem nenhum fundamento, somente.

É nosso dever esclarecer essas dúvidas e conscientizar.

segunda-feira, setembro 12, 2011

Aeroporto de Heathrow testa sistema de segurança que não desnuda passageiros



Trata-se de um scanner que usa ondas de rádio em vez de raios-X para revelar o que o passageiro tem escondido junto ao corpo sem revelar os seus contornos — no ecrã aparece desenhado um boneco assexuado.

Esta nova forma de evitar a entrada de objetos ou produtos perigosos dentro dos terminais do aeroporto e, sobretudo, dentro de aviões, pode ajudar a eliminar as queixas dos utentes — e as reservas das próprias autoridades para a aviação civil — quanto à sua privacidade.

Os "scanners" de raio-X foram adotados nos aeroportos britânicos depois de um estudante nigeriano, Umar Abdulmatallab, ter entrado num avião com destino a Denver (EUA) com explosivos nas cuecas. Era o dia de Natal de 2009 e o avião não explodiu mas podia ter explodido, com todos a bordo.

“Este é um sistema seguro e mais agradável para os passageiros”, disse ao jornal The Guardian o diretor de segurança da BAA, empresa que é proprietária de Heathrow, Ian Hutcheson. A ideia da BAA é instalar o sistema em todos os seus aeroportos.

Porém, um porta-voz disse em off ao Guardian que ainda há falhas. O aparelho não lê através de roupas molhadas, por exemplo.

Por enquanto, prosseguem os testes. Os passageiros que acionam o detector de metais são levados para uma zona mais reservada onde está instalado o novo scanner. Uma vez lá, fica de frente para o ecrã onde é feita a leitura do que tem no corpo. No boneco assexuado, e caso transporte um objeto suspeito, surge um retângulo amarelo na zona onde está o objecto. No sistema que usa raios-X, o passageiro não vê o que se passa no ecrã.

Segundo o jornal Mail Online, há mais medidas de segurança em teste em Heathrow. Um portal de entrada em que o ar é soprado para cima dos passageiros, fazendo soltar partículas que são absorvidas por um mecanismo que as analisa em segundos. E uma máquina de raio-X tridimensional para as bagagens. Os passageiros cujas bagagens passam por este controle estão sendo escolhidos ao acaso.

Segundo o Mail Online, estes últimos testes estão a ser feitos no Terminal 1, o mais movimentado do aeroporto (23 milhões de passageiros por ano). Além disto, os funcionários estão sendo treinados para identificarem comportamentos suspeitos nos passageiros.

Segundo Ian Hutcheson, todas estas medidas poderão fazer parte de um novo procedimento de segurança internacional. Não adiantou qual, mas o Guardian escrevia que os EUA estão a estudar a criação de uma escala de risco, que dividirá os passageiros e decidirá por que procedimento de segurança devem passar.

 
Fonte: Publico.pt (com adaptações).

domingo, setembro 11, 2011

Simulação de acidente nuclear em Angra dos Reis

Para analisar e observar todos os detalhes do Exercício Geral do Plano de Emergência da Central Nuclear, de Angra dos Reis, representantes de órgãos nacionais e internacionais presenciaram todas as atividades do evento. Estiveram presentes observadores do Ministério da Defesa; Marinha; Defesa Civil Nacional; Ibama; Cemig; Tribunal de Contas da União; dentre demais representantes convidados pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Também estiveram nas atividades o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República General, José Elito Carvalho Siqueira; o Presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Ângelo Fernando Padilha; o presidente das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Alfredo Trajan Filho; o secretário Nacional de Defesa Civil, Humberto Viana; e o presidente da Eletrobras Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva.

"É essencial que todos os órgãos estejam integrados para participar do plano. Sabemos bem que a possibilidade de um acidente nuclear é muito pequena, mas precisamos nos preparar caso isso aconteça algum dia. E temos que ser modestos e responsáveis para admitir que precisamos melhorar nossas ações de prevenção, e investir nas atividades de todo o Plano de Emergência" - afirmou o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Ângelo.

As atividades do exercício foram retomadas logo pela manhã do dia 1º de setembro. Após constatada a existência de uma Emergência Geral, teve início a evacuação da população localizada em um raio de 3 Km ao redor de Angra. Através de ônibus e vans dos órgãos envolvidos no Plano de Emergência, os moradores foram levados aos abrigos municipais, como a Escola Municipal José Luiz Reseck.

Por volta das 11h30min, houve a simulação da transferência da paciente contaminada por radiação na tarde de ontem. A funcionária foi transferida do Centro Médico das Radiações Ionizantes (CMRI), localizado na Vila História de Mambucaba para o Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro. O transporte foi realizado em uma aeronave especifica da Aeronáutica.

"Primeiramente, o paciente é atendido dentro da usina, depois no CMRI e se houver agravamento fazemos a remoção até o Marcílio Dias, unidade mais apropriada para receber casos desse tipo" - disse o coordenador do Plano de Emergência Local (PEL) da Eletronuclear, Paulo Werneck.

Na parte da tarde, os moradores do Frade se reuniram na entrada do Sertãozinho, em um Ponto de Reunião, simulando a evacuação da comunidade. Logo após, funcionários da Fundação de Saúde de Angra (Fusar) realizaram a distribuição fictícia de pastilhas de iodeto de potássio, na comunidade da Praia Vermelha. No local também foi testada a retirada da população por via marítima, e terrestre. O exercício foi finalizado por volta das 16 horas, com a retirada de ilhéus de Angra, e o encaminhamento dos mesmos ao Colégio Naval, no centro de Angra.

Concluído o Exercício Geral, todos os órgãos envolvidos no Plano de Emergência fizeram uma reunião para debater os detalhes das atividades ocorridas. Dentre dois a três meses um relatório será elaborado pelas equipes analisadoras da Eletronuclear Eletrobrás, para que haja uma conclusão de como foram as ações, e o que deverá ser feito para melhorá-las.

 

Pela primeira vez o Exercício Geral do Plano de Emergência testou a logística da entrega de pastilhas de iodeto de potássio à população (que evitam a contaminação por radiação). A entrega fictícia das pastilhas foi feita através de kits contendo balas e material informativo que explicava o motivo pelo qual as pessoas deveriam tomar a suposta medicação. A ação aconteceu na comunidade da Praia Vermelha, que possui aproximadamente 200 moradores.

Como explica o médico e integrante do plano, Marcos Vinícius de Castro, a entrega dos comprimidos foi feita com balas para simbolizar as pílulas que deveriam ser tomadas em caso de um real acidente nuclear.

"O comprimido de iodeto de potássio é utilizado quando uma pluma radioativa atinge uma determinada área, e a população não consegue ser retirada. A pastilha de iodo atinge a glândula da tireóide e funciona como um bloqueador de radiação, evitando assim uma maior contaminação e o surgimento de câncer de tireóide. Em outros paises vimos que nos exercícios gerais foram utilizados balas para fingir que estavam sendo distribuídos os comprimidos, daí surgiu a ideia de fazer o mesmo em Angra" - explicou Marcos Vinícius.

Os moradores aprovaram a iniciativa.

"Essa história de tomar pílulas de iodeto de potássio parecia uma situação complicada e arriscada, pois não sabíamos a respeito de contra-indicações ou efeitos da medicação. E nessas horas a informação é realmente o melhor remédio" - disse a moradora da Praia Vermelha, Dalva Rosas.

 
Fonte: Diário do Vale (com adaptações).

sexta-feira, setembro 09, 2011

Eletronuclear e CCEE contratam energia de Angra 3

A Eletronuclear e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) assinaram na semana passada o Contrato de Energia de Reserva (CER) para contratação de 1.184 MW médios provenientes da Usina Nuclear Angra 3, em construção no município de Angra dos Reis, no sul do Estado do Rio.

O prazo de suprimento contratual será de 35 anos, com início em 1º de janeiro de 2016, e o ponto de entrega será no submercado Sudeste/Centro-Oeste. O preço de venda da energia contratada, na modalidade por quantidade de energia, será de R$ 148,65 por megawatt-hora.

Em nota, a Eletronuclear informou que, numa simulação com ajuste do preço de venda até julho de 2011, o contrato renderia, por ano, R$ 1,7 bilhão à estatal, valor equivalente a quase 90% do atual faturamento anual de Angra 1 e 2.

"A assinatura do contrato era condicionante para futuras liberações relativas ao financiamento do empreendimento, por parte do BNDES, já que serve de garantia para o empréstimo", diz a nota divulgada pela Eletronuclear.


Fonte: IG

terça-feira, setembro 06, 2011

Concurso para Tecnólogo no Maranhão

A prefeitura maranhense de Lima Campos anunciou nova prorrogação das inscrições para o concurso público 01/2010. Os interessados devem se inscrever até 12 de setembro de 2011 entre as 8h30min e 12h e das 14h às 17h.

O concurso público de provas e títulos será realizado por meio da Magnus Auditores e Consultores Associados.

São 82 vagas, 5% para deficientes em vários cargos, incluindo:

- Nível médio/técnico: Técnico de Raio X.
- Nível superior: Tecnólogo em Radiologia Médica.

Os salários podem chegar a R$ 4.000,00.

As inscrições serão recebidas de forma presencial, na Sede do Município, na Avenida JK, s/n - Centro, Colégio Artur Azevedo (Auditório), das 8h30min às 12h e das 14h às 17h.

O candidato deverá apresentar no ato da solicitação da inscrição, pessoalmente ou através de procuração específica, os seguintes documentos:

- Comprovante de recolhimento do valor da inscrição (de R$ 20,00 a R$ 70,00);
- Original e fotocópia da cédula de identidade ou de documento equivalente, de valor legal. No caso de inscrição por procuração, esta deverá ser acompanhada também de cópia autenticada de documento do procurador; e
- Laudo médico de deficiência do candidato, quando cabível.

Faça aqui a sua inscrição on line!

Haverá apenas Provas Objetivas, com aplicação prevista para 9 de outubro.


Fonte: 180 graus (com adaptações).