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segunda-feira, setembro 12, 2011

Aeroporto de Heathrow testa sistema de segurança que não desnuda passageiros



Trata-se de um scanner que usa ondas de rádio em vez de raios-X para revelar o que o passageiro tem escondido junto ao corpo sem revelar os seus contornos — no ecrã aparece desenhado um boneco assexuado.

Esta nova forma de evitar a entrada de objetos ou produtos perigosos dentro dos terminais do aeroporto e, sobretudo, dentro de aviões, pode ajudar a eliminar as queixas dos utentes — e as reservas das próprias autoridades para a aviação civil — quanto à sua privacidade.

Os "scanners" de raio-X foram adotados nos aeroportos britânicos depois de um estudante nigeriano, Umar Abdulmatallab, ter entrado num avião com destino a Denver (EUA) com explosivos nas cuecas. Era o dia de Natal de 2009 e o avião não explodiu mas podia ter explodido, com todos a bordo.

“Este é um sistema seguro e mais agradável para os passageiros”, disse ao jornal The Guardian o diretor de segurança da BAA, empresa que é proprietária de Heathrow, Ian Hutcheson. A ideia da BAA é instalar o sistema em todos os seus aeroportos.

Porém, um porta-voz disse em off ao Guardian que ainda há falhas. O aparelho não lê através de roupas molhadas, por exemplo.

Por enquanto, prosseguem os testes. Os passageiros que acionam o detector de metais são levados para uma zona mais reservada onde está instalado o novo scanner. Uma vez lá, fica de frente para o ecrã onde é feita a leitura do que tem no corpo. No boneco assexuado, e caso transporte um objeto suspeito, surge um retângulo amarelo na zona onde está o objecto. No sistema que usa raios-X, o passageiro não vê o que se passa no ecrã.

Segundo o jornal Mail Online, há mais medidas de segurança em teste em Heathrow. Um portal de entrada em que o ar é soprado para cima dos passageiros, fazendo soltar partículas que são absorvidas por um mecanismo que as analisa em segundos. E uma máquina de raio-X tridimensional para as bagagens. Os passageiros cujas bagagens passam por este controle estão sendo escolhidos ao acaso.

Segundo o Mail Online, estes últimos testes estão a ser feitos no Terminal 1, o mais movimentado do aeroporto (23 milhões de passageiros por ano). Além disto, os funcionários estão sendo treinados para identificarem comportamentos suspeitos nos passageiros.

Segundo Ian Hutcheson, todas estas medidas poderão fazer parte de um novo procedimento de segurança internacional. Não adiantou qual, mas o Guardian escrevia que os EUA estão a estudar a criação de uma escala de risco, que dividirá os passageiros e decidirá por que procedimento de segurança devem passar.

 
Fonte: Publico.pt (com adaptações).