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sexta-feira, outubro 22, 2010

Veja os 10 erros fatais em uma entrevista de emprego


Você já parou para pensar que o seu sucesso numa entrevista de emprego pode depender de alguns detalhes? Uns pequenos, outros nem tanto assim. Às vezes, os erros cometidos pelos candidatos a uma vaga de trabalho são inacreditáveis. Uma roupa mal escolhida, uma frase dita fora de hora... Para ajudar você a ser melhor sucedido nas próximas seleções, o  site Universia consultou diversos especialistas em recrutamento e seleção que falaram, afinal, o que põe tudo a perder quando você está frente a frente com o entrevistador. Confira os dez erros fatais na entrevista de emprego!
   
Chegar atrasado

"Chegar atrasado numa entrevista, além de desorganização, demonstra que o candidato não está dando o devido valor à entrevista. A displicência com o horário mostra que você não priorizou tal compromisso em sua agenda. Além disso, fazer uma pessoa esperar é falta de respeito. Tempo é um recurso escasso, logo, deve ser bem aproveitado. Caso você, por algum motivo, atrase na entrevista, informe imediatamente o entrevistador. Verifique se é possível passar um candidato na sua frente, ou, se necessário, remarque a entrevista. Se você chegou no horário, mas tem compromisso para mais tarde o ideal é avisar o entrevistador de antemão. Não faça a entrevista na correria para não se sentir pressionado. Isso pode prejudicar seu desempenho."

Wander Mendes, professor e consultor na área de Gestão de Pessoas e Planejamento Estratégico da FGV-PR (Fundação Getúlio Vargas do Paraná).    

Usar roupas informais demais
 
"Hoje em dia, os jovens são muito despojados. Na faculdade, não há nada de mal nisso. Agora, para a entrevista de emprego, não custa melhorar um pouco o visual. Isso não quer dizer que todo candidato a estágio ou jovem recém-formado deva vestir terno e gravata ou, no caso das meninas, tailer e scarpin. É preciso saber escolher a roupa e adequar o vestuário a cada tipo de empresa. Uma agência de publicidade, por exemplo, permite um visual mais informal. Agora, se a entrevista é para uma instituição financeira, é óbvio que o candidato terá de seguir a regra básica: esporte fino. Lembre-se: o que deve prender a atenção do entrevistador é o seu conteúdo e não a 'embalagem', portanto, jamais vá para a entrevista de chinelo, regata, roupa decotada, barriga aparecendo, saia curta ou short."

Marisa Silva, consultora de Recursos Humanos da Career Center
   
Não saber nada sobre a empresa ou o setor

"É muito comum que os candidatos partam para a entrevista de emprego sem saber sobre a empresa em questão ou sobre o setor em que ela está inserida, quando na verdade, ele deveria estar munido do maior número de informações possível. Se a empresa de recrutamento não divulgar qual é a companhia que está em busca de candidatos, ela deverá, ao menos, informar sobre o setor. Tem mais chance de sucesso o candidato que sabe se posicionar na entrevista porque domina o assunto trabalho, em detrimento daquele que não se deu ao trabalho de pesquisar mais sobre a empresa em questão. Sempre repito isso para meus alunos: informação nunca é demais."

Jaqueline Mascarenhas, consultora de carreira do Ibmec Minas Gerais
   
Expressar-se mal, com gírias e frases sem sentido

"O discurso mais adequado para uma entrevista é aquele em que o candidato consegue ser objetivo, responder as perguntas do entrevistador, expor seu ponto de vista quando é convidado a fazer isso e perguntar, com tato, detalhes sobre a vaga. No meio do caminho, porém, é muito comum que os candidatos façam uso de gírias e regionalismos na hora de tirar suas dúvidas. O linguajar é um detalhe importante, dependendo das expressões utilizadas, o discurso demonstra certa imaturidade do candidato. O ideal é responder as perguntas com calma, ter tempo para pensar e expor suas idéias com tranqüilidade. Este, aliás, é outro problema grave de muitos discursos. Tem candidato que fica tão nervoso na hora da entrevista que dispara a falar e quando percebe já mudou de assunto e não respondeu a pergunta do entrevistador. Isso é muito ruim, já que o ritmo da entrevista é um fator importante."

Marco Túlio Rodrigues Costa, professor de Aspectos Comportamentais Éticos de Gestão de Pessoas da FGV-BH (Fundação Getúlio Vargas de Belo Horizonte)
   
Mentir sobre suas qualificações

"Mentir na entrevista é o mesmo que dar corda para se enforcar. Inventar cursos, referências e pequenos sucessos colocam o candidato numa situação vulnerável porque, caso seja contratado, terá de sustentar essa inverdade por muito tempo. E como diz o ditado: mentira tem perna curta, hora ou outra seu deslize será descoberto. Aí o prejuízo será bem maior. Uma vez que seu superior descobrir que você não tem as habilidades destacadas na entrevista, perceberá que seu perfil não atende às necessidades da empresa, e mais, que errou ao apostar em sua seleção. Ao ser contratado, o indivíduo precisa ter claro que convenceu o recrutador de possuir determinadas competências. Ao mentir, não só estará provando que não as tem como atestará sua falta de caráter ao faltar com a verdade. Isso deixará o recrutador descontente duas vezes e poderá resultar em demissão comprometendo, inclusive, futuras recomendações."

Gustavo G. Boog, diretor da Boog Consultoria
   
Falar mal do emprego ou do chefe anterior

"Mesmo que esteja com raiva da empresa ou do chefe antigo, jamais fale mal deles na entrevista de emprego. Essa atitude é vista com maus olhos por 99,9% dos recrutadores. Na entrevista de emprego, o recrutador não está interessado em ficar por dentro de 'pendengas' cujas pessoas e razões ele simplesmente desconhece. Seu objetivo é investigar de que maneira seu perfil profissional e suas qualificações poderão ser úteis para a empresa. Caso você vá logo partindo para o discurso de que estava infeliz no emprego anterior porque seu chefe o perseguia, além de desviar o foco da entrevista, estará levantando questões que podem levar o recrutador a repensar sua contratação. Afinal, numa situação de conflito, é preciso avaliar a parcela de culpa de ambas as partes. Além disso, falar mal da empresa ou do antigo chefe revela uma postura antiética de sua parte, pois se tratam de segredos e detalhes de um negócio do qual você não faz mais parte. Mas, atenção: isso não quer dizer que você deva mentir, e sim, contornar a situação. Uma boa saída é dizer que saiu da empresa por estar em busca de novos desafios profissionais."

Maria Bernadete Pupo, gerente de Recursos Humanos da Unifeo e professora da FAC FITO
   
Disputar espaço com o entrevistador
 
"Para disfarçar o nervosismo, tem muita gente que acaba partindo para o ataque e disputando espaço com o recrutador durante a entrevista. Para driblar a insegurança, ele acaba querendo fazer pose de sabido a fim de triunfar sobre o recrutador. Isso tudo, porém, é muito mais que previsível para quem trabalha com Recursos Humanos. Aí, das duas uma: ou você perde a vaga porque o recrutador percebe sua insegurança por meio de uma postura imatura de quem está na defensiva, ou acaba sendo eliminado pela prepotência e o excesso de arrogância que esse comportamento demonstra. Por isso, não entre numa disputa direta com o recrutador. Espere, escute e, aí sim, faça suas considerações, sempre com humildade."

Mariá Giuliese, diretora-executiva da Lens Minarelli e especialista em análise e aconselhamento de carreira
   
Vangloriar-se de suas conquistas pessoais

"Na hora de 'vender seu peixe' ponha o ego de lado e não em primeiro lugar. O discurso não pode estar recheado de "eu fiz"; "eu consegui"; "eu conquistei"; e "eu realizei". Quando você coloca todas as conquistas em primeira pessoa pode soar presunçoso para o entrevistador. Até porque, na maior parte das empresas, os projetos e as realizações não são fruto do trabalho individual, mas sim, de uma equipe. Na hora de destacar seus feitos, procure valorizar sua participação em um projeto de sucesso implementado por uma equipe, e a partir disso, destaque como foi sua atuação para que ele fosse bem-sucedido. Lembre-se: egocentrismo não é uma característica admirada pelos contratantes. Para não cair nessa, vale treinar na frente do espelho. Olho no olho, com segurança no discurso. Um pouco de bom humor também ajuda. Existe uma tese que diz: quando você sorri, se desarma internamente e se torna mais receptivo."

Irene Ferreira Azevedo, professora de Liderança da BBS (Brazilian Business School)

Não perguntar nada durante a entrevista
 
"Não é porque você está fazendo uma entrevista que sua participação na conversa deve se limitar a responder o que o entrevistador pergunta. Por timidez ou insegurança, muita gente sai com dúvida da entrevista e isso é ruim. Caso o recrutador não mencione, é sua obrigação perguntar detalhes sobre a rotina de trabalho e benefícios. Porém, isso não significa que você deve incorporar o perguntador chato. Caso a explicação sobre a vaga não tenha sido suficiente para esclarecer suas dúvidas, pergunte com bastante delicadeza novamente: 'Desculpe-me, não ficou muito claro para mim'. Agora, se mesmo assim restarem dúvidas, deixe para outra ocasião. Perguntar sobre o salário não é uma coisa ruim, desde que você não se preocupe só em saber quanto será a remuneração. Procure se informar sobre outros detalhes para não mostrar que está interessado só no dinheiro."

Cristiane Cortez, consultora de carreira do IBTA Carreiras
 
Demonstrar desequilíbrio emocional

"Não é segredo para ninguém que o nervosismo pode atrapalhar, e muito, nos momentos decisivos. Na entrevista de emprego não poderia ser diferente. O candidato pode até ter o perfil ideal para a vaga, mas se deixar a tensão dominá-lo no momento em que precisa deixar claro suas qualificações, sua chance pode ir por água abaixo. O desequilíbrio emocional demonstrado pela insegurança e o nervosismo pode dizer ao recrutador que você não está pronto para assumir uma grande responsabilidade. Por isso, evite cometer erros como: levar um acompanhante para esperá-lo após a entrevista, inflar seu discurso com comentários negativos ou colocar-se em uma posição de vítima frente adversidades. Se você tem um bom currículo e suas características correspondem ao perfil da vaga, não há motivo para se preocupar."

Priscila Lara, consultora de Recursos Humanos do Grupo Foco




Fonte: UNIVERSIA-BRASIL (com adaptações).

30% dos estagiários atuam fora da área de interesse

Pesquisa aponta falta de assessoria aos alunos por parte das empresas

Uma pesquisa realizada pelo CIPEE (Centro de Incentivo Profissional ao Estudante à Empresa) apontou que 30% dos estagiários realizam funções diferentes das previstas no contrato com a empresa. De acordo com o diretor do CIPEE, Wilson Gomes Junior, o problema está na falta de assessoria que é dada aos alunos pela empresa contratante. "O estudante chega na empresa com muita vontade de trabalhar e em muitos casos as empresas se aproveitam disso para explorar os estagiários que acabam aceitando qualquer função. Muitas vezes os alunos fazem até faxina se os contratantes precisam".

De acordo com os dados da pesquisa, os estagiários que realizam outras funções no emprego não chegam a completar o contrato. "O estudante precisa desenvolver o que aprendeu, caso contrário ele pode ficar desmotivado e até desistir da universidade" afirma Wilson. Para o diretor esse problema acontece em todos os níveis, porém é preciso ficar mais atento com o Ensino Médio devido à falta de experiência dos alunos. "A dificuldade não está só com as empresas, os alunos ainda não têm muita responsabilidade e na maioria das vezes faltam nas entrevistas". Dados do CIPEE revelam que apenas 20% dos candidatos escolhidos para a fase final das entrevistas comparecem.


Fonte: UNIVERSIA-BRASIL

53% dos formados trabalham em outras áreas

É o que aponta uma pesquisa realizada com base nos dados do IBGE
 
Ao comparar - a partir dos microdados do Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2000 - a profissão de 3,5 milhões de trabalhadores formados em 21 áreas diferentes, pesquisadores descobriram que a maioria deles, mais precisamente 53%, está, hoje, numa profissão distinta daquela para a qual se preparou. A situação varia conforme a carreira. Em Enfermagem, o índice é de 84%, já em Geografia, o índice é de apenas 1%.

A baixa correlação entre a área de formação e a de trabalho levou os pesquisadores Edson Nunes e Márcia de Carvalho a definir, no título do trabalho, esse quadro como "A Grande Besteira Educacional Brasileira: um Ensino Profissional que Não se Aplica às Profissões que o Defendem". Para Nunes, o Brasil oferece uma educação secundária de péssima qualidade e uma profissional muito precoce, o que faz com que os jovens tenham sua vida de estudantes secundários pautada por vestibulares. Isto é muito ruim, não só para a formação dos jovens, como também, para sua carreira.


Fonte: UNIVERSIA-BRASIL

Cresce número de universitários que escolhem a profissão pelo salário

Livros, xerox, mensalidade da facul caso ela seja particular, alguns trocados para o lanche, e, é claro, o dinheirinho "sagrado" para o chopp e para a balada do final de semana. É..., universitário realmente tem muita despesa, apesar da grana ser, quase sempre, bem curtinha. Tanta dureza tem feito muitos jovens pensar bem sobre a profissão que querem seguir e se questionar se o orçamento magro irá ou não acompanhá-los ao longo da vida. É o que mostra uma pesquisa elaborada pelo CIEE-RJ (Centro de Integração Empresa Escola do Rio de Janeiro). 

O estudo, realizado com jovens de 1º e 2º períodos da graduação cadastrados no CIEE-RJ de todas as universidades cariocas, tinha como objetivo descobrir o que os jovens esperam do mercado de trabalho; como escolhem a profissão; e qual a expectativa em relação à faculdade. Quase 90% deles disseram não ter dúvidas sobre o que vão fazer, mas revelaram que escolhem, sim, o estágio pela remuneração que ele oferece, independente da função que irão realizar. 

A mesma pesquisa, realizada em 2004, mostrou que o item "necessidade financeira" fora apontado por 16% dos entrevistados como o principal motivo para procurar estágio. Já nessa última pesquisa, em 2006, o percentual subiu para 28%. De acordo com o responsável pelo setor de pesquisa da instituição, Maurício Eiras Mesquita, as tendências vêm mudando, pois, hoje, os jovens estão cada vez mais preocupados com dinheiro. 

Para a gerente de RH da UVA (Universidade Veiga de Almeida), Leda Pereira, em um mundo competitivo onde quase tudo pode ser copiado, cada vez mais o capital humano e seus talentos diferenciais são valorizados e reconhecidos. Neste caso, escolher a profissão por mercado e não pela aptidão é realmente um grande risco de insucesso e desmotivação. Ela acrescentou que a alta performance profissional requer que ele tenha base de competências essenciais para a sua realização. Logo, escolher uma profissão com base nas aptidões eleva as possibilidades de bons retornos e reconhecimento do talento profissional. 


Fonte: UNIVERSIA-BRASIL