Busca

segunda-feira, novembro 14, 2011

Células da pele enxergam a luz ultravioleta para se defender

Melanócitos, células da pele humana, fluorescem quando o cálcio é liberado para sinalizar a exposição à luz ultravioleta, um passo crucial para o início da produção da melanina.[Imagem: Brown University]
Fotossensibilidade na pele

Quando você se expõe ao Sol, sua pele rapidamente tenta se defender, produzindo melanina.
Agora, biólogos descobriram que as células da pele, os melanócitos, detectam a radiação ultravioleta do Sol usando receptores sensíveis à luz.

O que torna a descoberta mais surpreendente é que se acreditava que esses receptores só existissem nos olhos. Mas é a capacidade da pele em "sentir" a luz que dispara o processo de produção de melanina para tentar proteger o DNA das células contra a radiação.

Proteção natural e rápida

Os testes mostraram que a pele começa a produzir a melanina quase imediatamente depois da incidência da radiação ultravioleta.

Até agora, os cientistas tinham por certo que a produção de melanina só ocorria muito tempo depois que a radiação UVB já havia começado a causar danos ao DNA.

"Tão logo você se põe ao Sol, sua pele sabe que você está exposto à radiação UV", diz Elena Oancea, da Universidade Brown (EUA). "É um processo muito rápido, muito mais rápido do que tudo o que havíamos descoberto até agora."

Os cientistas acreditam que melanina protege o DNA das células da pele contra os danos causados pela radiação UVB absorvendo essa radiação. Mas esse processo não é perfeito - é por isso que se recomenda o uso do protetor solar.

Mas o novo estudo mostra que o corpo reage muito mais prontamente, bem antes que a produção de melanina se torne aparente na forma de um bronzeado.

Olhos na pele

Os pesquisadores descobriram que as células da pele possuem rodopsina, um receptor fotossensitivo usado pelo olho para detectar a luz. Além disso, eles rastrearam os passos que a rodopsina dá para liberar sinais de íons de cálcio, que acionam a produção da melanina.

O grupo ainda não sabe se essa ação é exclusiva da rodopsina ou se ela está agindo em conjunto com algum outro receptor, ainda não identificado.

A Dra. Oancea diz que ainda há muito a pesquisar, e apenas esta descoberta não deve ser motivo para que as pessoas deixem de usar protetor solar.


Fonte: Diário da Saúde

Tecnologia disseca múmias sem bisturi

Sem recorrer a ferramentas intrusivas, cientistas usaram raios-x e exames de tomografia computadorizada para revelar novas informações sobre uma múmia egípcia de 2 mil anos.




"É possível obter uma grande quantidade de informações com o uso de imagens médicas, sem danificar artefatos de valor incalculável, diferentemente dos estudos da década de 1960, quando se abriam as múmias", disse Sarah U. Wisseman, especialista em múmias da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, que lidera a pesquisa juntamente com um patologista, um radiologista e um antropólogo físico.

A múmia era de uma criança que viveu no período greco-romano da história egípcia, entre 332 a.C. e 395 d.C. Wisseman e seus colegas escanearam a múmia em 1990 _ descrevendo-a em seu livro "The Virtual Mummy" (Illinois, 2003) _ e novamente este ano, já que a tecnologia se aperfeiçoou nos últimos anos.

O crânio da criança estava rachado. Embora já se soubesse disso pelos exames antigos, novas imagens revelam que a rachadura é muito pior do que se pensava. "Há uma pedaço extra de osso empurrado para dentro da cavidade craniana", afirmou Wisseman. "Ainda não sabemos o que ocorreu antes ou depois da morte".

As novas imagens também mostram que provavelmente havia uma mecha de cabelo de um lado da cabeça _ algo visto em retratos romanos daquela época. A mecha era um sinal de status, indicando que a criança era de uma família abastada. Sustentando essa hipótese, os tecidos que envolvem a múmia contêm elementos dourados e pigmento vermelho importado da Espanha.

O sexo da criança ainda é um mistério. A pélvis está danificada e as mãos cobrem a região genital.

Wisseman apresentou as descobertas nesta semana num simpósio sobre múmias na universidade.


Fonte: INFO exame