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quinta-feira, janeiro 12, 2012

Grupo belga quer cooperar com a UnB

Três representantes do Centro de Pesquisa Nuclear da Bélgica (SCK-CEN) estiveram na Universidade de Brasília, em dezembro passado, para conhecer as pesquisas correspondentes às atividades realizadas na área pelo país europeu. Este foi o primeiro contato do grupo com a UnB. Um possível acordo de cooperação será discutido entre as instituições a partir de agora. O SCK-CEN é o segundo maior centro do mundo em produção de isótopos radioativos, fundamentais para a medicina nuclear. Esses elementos são usados em tomografias e exames de raio-x por contraste. “Como é difícil de consegui-los na natureza, é preciso sintetizá-los”, explica o diretor do Instituto de Física da UnB, Geraldo Magela. No centro belga, há reatores que podem produzir os isótopos radioativos, além de outras máquinas importantes para estudos nucleares, como aceleradores de partículas. “Eles têm uma estrutura bem interessante do ponto de vista experimental”, afirma o professor.

O vice-diretor da Faculdade UnB Ceilândia, Araken Rodrigues, acredita que o acordo é o “embrião” para uma relação que pode qualificar recursos humanos e aumentar os quadros de pessoal. Com o aumento de mão-de-obra qualificada, a pesquisa em Medicina Nuclear e em Radiologia, áreas em que a Hospital Universitário de Brasília (HUB) atua no campo da energia nuclear, pode se intensificar. Além disso, o professor avalia como segmentada a pesquisa nesses dois pontos dentro da universidade. “As diferentes áreas que trabalham com o tema deveriam se unir e definir metas conjuntas”, diz.

Reator

O presidente do conselho de diretores do centro SCK-CEN, Frank Deconinck, afirmou que a partir do ano que vem já será possível começar o intercâmbio entre estudantes, exclusivamente da pós-graduação. “Nós sabemos que o Brasil trabalha nos mesmos campos que a gente”, afirmou. “O Brasil vai construir um novo reator e nós também, vocês precisam treinar novas pessoas, nós também, vocês querem desenvolver medicina nuclear e nós temos muita experiência nessa área”. Para o diretor, há muitos campos diferentes em que Brasil e Bélgica têm as mesmas estratégias.

“Esse centro é muito importante”, afirma a chefe de Assuntos Internacionais da UnB, Ana Flávia Granja e Barros. “Eles têm tido sucesso em áreas inovadoras e oferecem vagas para estudantes de master, doutorado e pós-doutorado em cooperação com seis universidades belgas”. As aulas são em inglês, oferecidas a estudantes do mundo todo. A partir de agora, a INT vai mapear os pesquisadores envolvidos no tema para assegurar o intercâmbio dos estudantes. 

Professores interessados podem entrar em contato pelo e-mail: inter@unb.br

Fonte: Planeta Universitário