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sábado, março 12, 2011

Saiba quais foram os maiores acidentes nucleares da história

THREE MILE ISLAND, EUA 


 
Em 28 de março de 1979, falhas técnicas, humanas e operacionais não permitiram o resfriamento normal de um reator na usina de Three Mile Island, na Pensilvânia, e seu núcleo começou a derreter. Foi o mais grave acidente nuclear dos EUA: cerca de 140 mil pessoas foram retiradas da região, e gases radioativos escaparam e atingiram a atmosfera. Os detalhes do desastre só foram divulgados anos depois, e foi estabelecida uma comissão do governo americano para investigá-lo. Não houve relatos de mortes.












ERWIN, EUA


Em agosto de 1979, um vazamento de urânio, também nos Estados Unidos, atingiu uma instalação nuclear secreta perto de Erwin, no Tennessee, contaminando cerca de mil pessoas.









TSURUGA, JAPÃO


Entre janeiro e março de 1981, quatro vazamentos radioativos na usina nuclear de Tsuruga, no Japão, contaminaram cerca de 278 pessoas.








CHERNOBYL, UCRÂNIA


Em 26 de abril de 1986, o reator número 4 da usina soviética de Chernobyl, na Ucrânia, explodiu durante um teste de segurança. Foi a maior catástrofe nuclear civil da História. A estimativa oficial de mortos é de 25 mil, mas poderia chegar a 500 mil. Por dez dias, o combustível nuclear queimou, jogando na atmosfera mais de 200 bombas atômicas, contaminando três quartos da Europa. Moscou tentou encobrir o desastre, classificado de nível 7 (o mais alto). As vítimas foram russos, ucranianos e bielorrussos. Um sarcófago foi construído ao redor do reator.








TOMSK-7, SIBÉRIA


Em abril de 1993, uma explosão na usina de reprocessamento de combustível irradiado em Tomsk-7, cidade secreta da Sibéria Ocidental, provocou uma nuvem e projetou materiais radioativos. O número de vítimas é desconhecido.








TOKAIMURA 1, JAPÃO

Em 11 de março de 1997, a usina experimental de reprocessamento de Tokaimura. no nordeste de Tóquio, foi parcialmente paralisada depois de um incêndio e de uma explosão. Trinta e sete pessoas ficaram contaminadas.






TOKAIMURA 2, JAPÃO

Em 30 de setembro de 1999, um novo acidente em Tokaimura levou à morte dois técnicos da usina. Foi o maior desastre nuclear civil do Japão, provocado, involuntariamente, por funcionários que usaram uma quantidade excessiva de urânio, provocando uma reação nuclear descontrolada. Mais de 600 pessoas foram expostas à radiação.




MIHAMA, JAPÃO


Em 2004, na usina nuclear de Mihama, vapor não radioativo vazou por um encanamento, que acabou se rompendo. O acidente foi provocado por uma grande corrosão. Cinco funcionários morreram devido a queimaduras.












TRICASTIN, FRANÇA


Em 23 de julho de 2008, durante uma operação de manutenção nos reatores da usina nuclear de Tricastin, no sul da França, substâncias radioativas vazaram, contaminando levemente centenas de empregados. 







Fonte: O Globo (com adaptações).

Explosão atinge usina nuclear japonesa

Uma grande explosão atingiu uma usina nuclear do Japão que já tinha sido danificada pelo grande terremoto de sexta-feira.

A grande nuvem de fumaça foi vista saindo da usina nuclear de Fukushima.

Imagens da televisão japonesa mostraram uma grande explosão em um dos prédios da usina Fukushima 1, a cerca de 250 quilômetros a nordeste de Tóquio. Além da nuvem de fumaça, também podiam ser vistos destroços atirados para longe da construção.

O canal de televisão japonês NHK mostrou imagens da usina antes e depois do terremoto. Estas imagens parecem mostrar que a estrutura mais externa de uma das quatro construções da usina tinha desabado depois da explosão.

A Companhia Elétrica de Tóquio, operadora da usina, informou que quatro funcionários ficaram feridos.

Ainda não se sabe exatamente em que parte da usina ocorreu a explosão e qual foi sua causa. Mas, o secretário do Gabinete de Governo do Japão, Yukio Edano, informou que os especialistas estão tentando determinar os níveis de radiação no local.

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, declarou estado de emergência em Fukushima 1 e 2, enquanto os engenheiros tentam confirmar se houve um derretimento em um dos reatores de uma das usinas.

Este é um procedimento automático depois que reatores nucleares são desligados em caso de terremoto, o que permite que as autoridades tomem medidas mais rápidas.

A usina nuclear de Fukushima foi uma das muitas instalações do Japão danificadas pelo forte terremoto e tsunami que atingiram o país.

Cidades e vilarejos inteiros foram destruídos pelo tremor de 8,9 de magnitude e por ondas de até 7 metros. Mais de mil pessoas morreram devido ao terremoto.
Mais de 200 mil pessoas estão em abrigos de emergência. Dezenas de milhares de soldados japoneses e centenas de navios e aeronaves foram enviados para os trabalhos de resgate.

Sistema de resfriamento

O estado de emergência nuclear foi declarado pelo governo japonês após o sistema de resfriamento de cinco usinas falhar e provocar o risco de um vazamento.

A Agência Nuclear do Japão informou neste sábado que foram detectados césio e iodo radioativos perto do reator número um da usina Fukushima 1. A agência informou ainda que isto pode indicar que os recipientes com combustível de urânio dentro do reator podem ter começado a derreter.

Na sexta-feira, o governo japonês tinha informado que os níveis de radiação dentro da usina aumentaram quatro mil vezes.

A pressão dentro de um dos seis Reatores de Água Fervente (BWRs, na sigla em inglês) na usina aumentou após o sistema de refrigeração ter sido danificado pelo terremoto. No portão da usina, a radiação aumentou oito vezes.

O calor produzido pela atividade nuclear dentro do núcleo do reator necessita ser dissipado, mesmo após seu desligamento.

Ar e vapor com radioatividade foram liberados de vários reatores das duas usinas para tentar aliviar os altos níveis de pressão. Mas, segundo o primeiro-ministro, Naoto Kan, os níveis de radioatividade no ar e vapor liberados eram "minúsculos".

Milhares de pessoas receberam ordens para se retirar da região em um raio de 20 quilômetros da usina de Fukushima. O correspondente da BBC na região Nick Ravenscroft foi parado pela polícia a 60 quilômetros da usina.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou que está tentando conseguir mais informações a respeito da situação na usina.


Fonte: BBC Brasil