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sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Brasil inaugura nova cascata de enriquecimento de urânio

No apagar das luzes do governo Lula, o Presidente e o então ministro da ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, participaram de uma "inauguração virtual" da 3ª Cascata de Enriquecimento de Urânio da INB (Indústrias Nucleares do Brasil S.A.).

Em formato diferenciado, a cerimônia aconteceu no Palácio do Planalto, em Brasília, com transmissão simultânea do evento para a fábrica da empresa, em Resende no Rio de Janeiro (RJ).

Enriquecimento do urânio

A INB fornece o elemento combustível para as usinas nucleares de Angra do Reis, urânio enriquecido obtido através de várias etapas de processamento do minério extraído em Caetité, BA.

A Unidade de Enriquecimento Isotópico está sendo implantada gradualmente com a instalação de cascatas de ultracentrífugas.

O enriquecimento do urânio por ultracentrifugação é principal etapa industrial do ciclo de produção do combustível nuclear, processo restrito a poucos países, dos quais somente Brasil, Estados Unidos e Rússia têm reservas de urânio em seus territórios.

A conclusão desta unidade possibilitará a inserção do País no mercado internacional de urânio com maior valor agregado e com menor custo de transporte, fator vantajoso quando comparado com grandes produtores de urânio, como Canadá, Austrália e Cazaquistão.

A INB será a única fabricante de combustível nuclear no mundo com enriquecimento e fabricação no mesmo local, o que aumenta muito a sua eficiência.

Ultracentrífugas

A tecnologia, 100% nacional, é o resultado do esforço da Marinha do Brasil com participação do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), da Universidade de São Paulo (USP) e de outros parceiros, conduzido ao longo de três décadas.

Ela propiciará economia anual de divisas da ordem de US$16 milhões, quando atingida a capacidade prevista no Contrato com o Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo - CTMSP, correspondente à quantidade de urânio enriquecido para suprimento de 100% das necessidades da central Angra 1 e 20% de Angra 2.

A primeira cascata de ultracentrífugas entrou em operação em maio de 2006 e a segunda em novembro de 2009. Com a inauguração da terceira cascata a INB passa a ter capacidade de enriquecer cerca de 10% do total do urânio minerado no Brasil. O restante continuará a ser enriquecido no exterior.

A implantação das próximas cascatas será feita a medida que o CTMSP forneça as ultracentrífugas. A produção poderia ser acelerada com a construção de uma fábrica de ultracentrífugas, conforme plano apresentado pelo MCT à Marinha.

A Unidade de Enriquecimento Isotópico de Urânio da INB, conforme previsto no Acordo de Salvaguardas, é periodicamente inspecionada pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares ( ABACC).

Ciclo do combustível nuclear

O ciclo do combustível nuclear é o conjunto de etapas do processo industrial que transforma o mineral urânio, desde quando ele é encontrado em estado natural até sua utilização como combustível, dentro de uma usina nuclear.

O Brasil já domina completamente a tecnologia da ultracentrifugação - na verdade, o país tem uma tecnologia mais avançada de que outros concorrentes.

Depois da centrifugação, o urânio deve ser convertido em um gás e finalmente, usado na produção das pastilhas, usadas como combustível. A inauguração da unidade-piloto para fazer a conversão de gás está prevista para Março de 2011.

Fonte: Inovação Tecnológica

Casca de banana transformada em pó pode despoluir água

Esnobada por indústrias, restaurantes e até donas de casa, a casca de banana pode em breve dar a volta por cima. Pois, descobriu-se que, a partir de um pó feito com ela, é possível descontaminar a água com metais pesados de um jeito eficaz e barato.

O projeto é de Milena Boniolo, doutoranda em química pela Ufscar (Universidade Federal de São Carlos, no interior paulista), que teve a ideia ao assistir a uma reportagem sobre o desperdício de banana no Brasil.


"Só na Grande São Paulo, quase quatro toneladas de cascas de banana são desperdiçadas por semana. E isso é apenas nos restaurantes", diz a pesquisadora.


Boniolo já trabalhava com estratégias de despoluição da água, mas eram métodos caros --como as nanopartículas magnéticas--, o que inviabilizava o uso em pequenas indústrias.


Com as cascas de banana, não há esse problema. Como o produto tem pouquíssimo interesse comercial, já existem empresas dispostas a simplesmente doá-las.


Massa crítica

"Como o volume de sobras de banana é muito grande, as empresas têm gastos para descartar adequadamente esse material. Isso é um incentivo para que elas participem das pesquisas", afirma.


O método de despoluição se aproveita de um dos princípios básicos da química: os opostos se atraem.


Na casca da banana, há grande quantidade de moléculas carregadas negativamente. Elas conseguem atrair os metais pesados, positivamente carregados.


Para que isso aconteça, no entanto, é preciso potencializar essas propriedades na banana. Isso é feito de forma bastante simples e quase sem gastos de energia.


"Eu comecei fazendo em casa. É realmente muito fácil", diz Boniolo.


As cascas de banana são colocadas em assadeiras e ficam secando ao sol durante quase uma semana. Esse material é então triturado e, depois, passa por uma peneira especial. Isso garante que as partículas sejam uniformes.


O resultado é um pó finíssimo, que é adicionado à água contaminada. Para cada 100 ml a serem despoluídos, usa-se cerca de 5 mg do pó de banana.


Em laboratório, o índice de descontaminação foi de no mínimo 65% a cada vez que a água passava pelo processo. Ou seja: se for colocado em prática repetidas vezes, é possível chegar a níveis altos de "limpeza".


O projeto, que foi apresentado na dissertação de mestrado da pesquisadora no Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), foi pensado com urânio.


Mas, segundo Boniolo, é eficaz também com outros metais, como cádmio, chumbo e níquel --muito usados na indústria. Além de convites para apresentar a ideia no Brasil e na Inglaterra, a química também ganhou o Prêmio Jovem Cientista.


Agora, segundo ela, é preciso encontrar parceiros para viabilizar o uso da técnica em escala industrial. 

Fonte: Portal Stylo

Evento sobre tecnologia de equipamentos acontece em Pernambuco

A 11ª edição ocorrerá nas proximidades do Polo de Suape por ser um dos principais centros de desenvolvimento industrial do país. 

A Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (Abendi) promove, em parceria com a Associação Brasileira de Corrosão (ABRACO) e o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) – a 11ª Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos (COTEQ), entre os dias 10 e 13 de maio de 2011.

O evento pretende reunir mais de mil participantes, entre especialistas de diversas áreas, engenheiros, técnicos e pesquisadores ligados aos Ensaios Não Destrutivos, inspeção, integridade de equipamentos, análise de falhas e corrosão & pintura.

Para o diretor executivo da Abendi, João Conte, o objetivo da COTEQ é ser um grande “guarda-chuva tecnológico”, tendo debaixo dele os principais congressos das três entidades organizadoras.

Toda a programação técnica deverá ser apresentada em sete auditórios, de forma paralela e simultânea. Serão apresentações orais, trabalhos técnicos e palestras proferidas por especialistas nacionais e internacionais, além de debates por meio de painéis, mesas-redondas e minicursos.

O Coordenador da Comissão Executiva/ Técnica do IBP, Ricardo Barbosa Caldeira, afirma que a edição de 2011 da COTEQ será certamente um importante marco na história deste evento. “Reuniões internacionais, discussões técnicas dos mais diversificados assuntos, acoplados com a 7ª Expoequip, que neste ano terá uma área ainda maior, será uma oportunidade única para os participantes.”

Na opinião do presidente do Estaleiro Atlântico Sul, Angelo Alberto Bellelis, este é o momento de discutir soluções tecnológicas para a nova etapa do desenvolvimento econômico do Nordeste e do País. “A COTEQ é um dos espaços privilegiados que temos para esse debate, numa rica troca de experiências que resultará em avanços não apenas para nossas empresas, mas para toda a sociedade”, confirma.

A realização do evento será em Porto de Galinhas, em função da proximidade com um dos principais centros de desenvolvimento industrial da região nordeste, o Polo de Suape.
“Pernambuco vem experimentando um enorme desenvolvimento com a construção da refinaria Abreu Lima, a instalação de uma petroquímica, o desenvolvimento do Polo de Suape, dentre muitos outros empreendimentos. Como toda esta atividade fica muito próxima de Porto de Galinhas, que é um balneário extremamente famoso, creio que lá seja um excelente local para a realização do evento”, destaca o presidente da Abraco, Laerce de Paula Nunes.

Os participantes terão valores promocionais na inscrição do evento até abril, e nas diárias do Enotel Resort & Spa Porto de Galinhas, até março. Confira as condições no site www.abendi.org.br/11coteq ou entre em contato (11) 5586-3197.


Fonte: Portal Fator Brasil (com adaptações).