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sexta-feira, outubro 15, 2010

Fundos que financiam estudante sofrem com inadimplência

Levantamento feito a partir do Censo da Educação Superior 2007 do MEC (Ministério da Educação) revela que 6,9% dos brasileiros que estão no Ensino Superior recorrem a alguma modalidade de crédito educacional. A dificuldade para pagar as mensalidades da faculdade, que leva muitos estudantes até os financiamentos, não se resolve com a formatura. Pesquisa realizada pelo Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo) mostra que 72% dos profissionais formados tiveram aumento salarial após o término da graduação. Mas mesmo diante da possibilidade de melhora das condições financeiras com o término da graduação, os programas de financiamento enfrentam problemas de inadimplência. Segundo o censo, 10,7% dos que usam verba do Fies (Programa de Financiamento Estudantil) não pagam a dívida.

Devido à abrangência do programa, a taxa é considerada aceitável pelo MEC, que atribui a inadimplência a problemas de colocação profissional. Nesses casos, o ministério afirma que é possível renegociar a dívida diretamente com a Caixa Econômica Federal. Entretanto, uma possível renegociação nem sempre é um processo tão simples. Quando Andreia Borges de Carvalho, graduada em Ciências Biológicas na Unifran (Universidade de Franca), tentou rever o valor da parcela de seu financiamento, o pedido foi negado.

"Fui informada que caso não conseguisse pagar a dívida, deveria recorrer ao fiador e não me deram outra opção", lembra Andreia. Ela diz que procurou a Caixa porque o valor da parcela ainda pesa excessivamente em seu orçamento. "Ainda não trabalho na área e meu salário não é compatível com o que é cobrado pelo financiamento", justifica ela. O MEC explica que a parcela é baseada na mensalidade da época do empréstimo, acrescida de juros de 3,5% ao ano, taxa que foi estendida a todos os cursos no último dia 26 de agosto.

Mesmo com as dificuldades, Andreia considera que o programa é uma boa alternativa. "Sem o Fies eu não teria como pagar a graduação", resume ela. A opinião de Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp, é a mesma. Para ele, vale a pena recorrer ao financiamento. "Até porque, depois que o aluno se forma, há aumento da renda", diz ele em referência à pesquisa realizada pelo Semesp. O diretor executivo cita ainda uma pesquisa realizada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) que mostra que profissionais graduados têm salário 104% superior em comparação aos que têm apenas o Ensino Médio.

Pouca oferta

Capelato faz algumas críticas em relação ao acesso ao crédito para estudantes. Segundo ele, o leque de oferta do crédito ainda é baixo e a burocracia na análise de crédito é restritiva, o que impede alguns estudantes de buscar a opção. "Hoje a taxa de inadimplência na graduação é de 24,5%, mas os estudantes precisam esperar que as inscrições [do Fies] sejam abertas para se candidatar ao financiamento. Enquanto isso, permanece devedor", declara ele.

A lei das mensalidades escolares, que impede as instituições de proibirem os alunos de freqüentarem as aulas no caso de não pagamento, associada à falta de cultura de financiamento estudantil seriam as principais causas da inadimplência. "A penalidade para quem deixa de pagar a educação é baixa", acrescenta Capelato, ao citar estudo realizado pela empresa de cobrança educacional Camargo Rodrigues, que indica que o brasileiro coloca o pagamento da educação em quinto lugar na lista de prioridades. "A maioria prefere quitar a dívida com bens que perderia de imediato, como carro e telefone celular, por exemplo. Dever para a instituição de ensino só traz problemas na rematrícula, único momento em que a universidade pode barrar o aluno", explica ele.

Na opinião do diretor executivo, seria mais vantajoso se os programas de crédito fossem ampliados e os devedores incluídos no projeto. Segundo levantamento realizado pelo Semesp, se não houvesse inadimplência, as universidades poderiam investir 8,6% de seu faturamento mensal na infra-estrutura e no ensino. Segundo o estudo, com as dívidas dos estudantes, a capacidade cai para 1,1%.

Já Augusto Chagas, presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), se diz contra o crédito e bolsas restituíveis. "A lei não garante nenhum direito para os estudantes que assinam contrato com esses programas", critica ele. A entidade defende a ampliação de bolsas de estudos e de criação de um programa nacional de assistência estudantil, que ajude os estudantes da graduação a custear despesas com transporte e material.

Quanto ao início do pagamento do Fies após o fim da graduação, Chagas é favorável a projeto em tramitação no Congresso, que daria oportunidade a estudantes da área da saúde e educação trabalharem na rede pública para pagar o crédito concedido pelo governo. "Essa é uma forma de pagamento que pode ser dada como opção aos profissionais que não conseguiram emprego", sugere ele.

Tal opção poderia ser a solução para o enfermeiro Clóvis Euripedes de Oliveira, que paga a parcela do financiamento total da mensalidade da universidade. "Durante o primeiro ano paguei um valor mais baixo, mas depois a parcela aumentou", conta Oliveira, que pagará o programa até 2014.

Segundo o MEC, a parcela do Fies sofre aumento após o primeiro ano de pagamento. Durante a fase I, o estudante passa a pagar, mensalmente, o mesmo valor que já pagava a faculdade enquanto estudava. Na fase II, o saldo devedor é dividido em prestações iguais, por um prazo de até duas vezes o período de utilização do empréstimo, o que pode causar aumento na parcela. É possível simular do valor do financiamento no site da Caixa.

Restituição à universidade

Algumas instituições de ensino oferecem crédito estudantil próprio, chamado de bolsa restituível. A diferença é que não há cobrança de juros, mas a parcela é baseada na mensalidade vigente do curso à época do pagamento, após a formatura. "Esse financiamento concede entre 10% e 50% de bolsa, valor que deve ser devolvido depois do fim da graduação", explica Oswaldo de Souza Júnior, gerente de contas a receber e filantropia da Metodista (Universidade Metodista de São Paulo). Souza Júnior garante que a taxa de inadimplência nesse programa fica abaixo de 1,5%. "Os estudantes que contratam o financiamento têm consciência de que, ao restituir o valor ao fundo de crédito, proporcionam a oportunidade para outros candidatos serem selecionados", diz ele.

Já no caso do crédito próprio oferecido pela PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), a taxa de inadimplência varia entre 3% e 4%. Darci Isoppo, gerente financeiro da instituição, atribui a falta de pagamento à situação econômica do mercado. "Percebemos que quando o mercado passa por crise, a taxa de inadimplência é mais alta. Se a receptividade é maior, o número dos que deixam de pagar cai", afirma ele. O gerente justifica a necessidade de um fiador, para que a taxa de devedores seja reduzida.

De acordo com Isoppo, há ainda uma alternativa, caso tanto o estudante quanto o fiador encontrem problemas para pagar a parcela do crédito, para renegociar o contrato. "Temos uma equipe que comprova as informações prestadas pelo ex-aluno e analisamos cada caso. Depois da comprovação do problema, geralmente prorrogamos os prazos", declara Isoppo.

Além do Fies e das bolsas restituíveis, há empresas que oferecem crédito educativo. "Trabalhamos com duas modalidades de crédito estudantil. Ou firmamos parcerias com as universidades, e os estudantes assinam o contrato na instituição. Há também a modalidade em que o aluno nos procura diretamente e fazemos acordo. Pagamos parte da mensalidade, sem vínculo com a universidade", conta Carlos Becker, diretor adjunto da Fundação APLUB (Associação dos Profissionais Liberais Universitários do Brasil) de Crédito Educativo.

Para diminuir a taxa de inadimplência, Becker conta como são selecionados os estudantes que pedem o crédito. "Quando o número de vagas é limitado, damos preferência aos que cursam carreiras com altas taxas empregatícias como, por exemplo, Engenharia e Agronomia, pois será mais fácil ter a dívida paga", diz Becker, que afirma ser de aproximadamente 18% a taxa de inadimplentes no programa. Alunos que estão matriculados em cursos com menos oportunidades no mercado, como Filosofia e licenciaturas, passam por análise mais rígida. "Se não houver concorrência concedemos o crédito, mas conscientes de que as chances do requerente tornar-se inadimplente no futuro são maiores", acrescenta ele. Becker aconselha os alunos a não pedirem financiamento total da mensalidade. "Se o candidato pede crédito para cobrir todo o valor do curso, terá uma parcela muito alta para pagar no futuro", alerta.



Fonte: UNIVERSIA-BRASIL

Estratégias para conseguir um emprego na sua área


Experiência em outro setor pode ajudar estudante na busca de colocação

Aluno do primeiro ano do curso de Sistemas da Informação, na USJT (Universidade São Judas Tadeu), o estudante Thyago Kimio Kamozaki chegou a participar de alguns processos seletivos sem sucesso. Em princípio, isso não o desanimou. Àquela altura, o rapaz apenas começava a carreira universitária e o tempo parecia a seu favor. Entretanto, depois de outro ano sem emprego na área em que estudava, a opção foi trabalhar como auxiliar administrativo por um período enquanto a oportunidade não surgia. Para Kamozaki o motivo parecia óbvio. "Eles exigiam muitos cursos e conhecimentos que eu, na época, não tinha", explica ele. A questão que o atormentou na época foi a mesma que ronda a cabeça de muitos universitários: o que o estudante deve fazer quando as oportunidades na área não vêm e os meses para seu curso terminar estão contados?

Kamozaki continuou a enviar currículos e a marcar entrevistas depois do sexto semestre, mas dessa vez o problema deixou de ser a falta de cursos e passou para o lado da experiência profissional. "Havia aprendido e tinha me tornado capaz de realizar as funções pertinentes à minha área, mas como nunca havia estagiado, era difícil ser aceito em alguma empresa", argumenta o estudante. O importante para o quase formado estudante de Sistemas da Informação é continuar se aprimorando na área depois que o curso terminar e também investir no aprendizado de idiomas. "Acho que está tudo interligado, faculdade, idiomas, cursos especializados e força de vontade. Não me arrependo da área que escolhi e pretendo ingressar nela o mais rápido possível", declara ele.

Quem também passou por problemas na hora de ingressar no mercado de trabalho, mas por motivos diferentes dos de Thyago, foi Michele Jully Anne Kai, estudante de Propaganda e Marketing da UNIP (Universidade Paulista). Por motivos financeiros, ela resolveu continuar no emprego que tinha antes de começar a estagiar. "Pretendia trabalhar na área, mas se fizesse isso, não teria dinheiro para pagar minha faculdade", explica Michele, que é gerente de uma loja de artigos orientais. Ela, que ainda pretende trabalhar na área onde se formará, percebe que o mercado de trabalho busca por profissionais que tenham um diferencial a oferecer na hora de trabalhar. Por esse motivo a estudante faz planos de um intercâmbio depois de se formar e ingressar numa especialização. "Essa viagem vai ser importante na minha vida profissional e, também, pessoal", aposta ela.

Para evitar compor o grupo de estudantes que lutam sem sucesso por uma vaga na carreira para o qual estudam, a primeira alternativa é tentar a construção eficiente de canais de informação sobre a área e, a partir desse instrumento, buscar por contatos. As dicas são de Jeanne Marie, coordenadora de arquitetura e urbanismo da PUC-MG (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais). "Não adianta ficar parado, é necessário ligar, perguntar e correr atrás de amigos, professores e profissionais", resume Jeanne, que acredita que tudo isso deve acontecer em parceria com a capacitação profissional. "Algo que pode ser feito por meio de palestras, cursos e até aulas de outro idioma são um diferencial na hora da entrevista", aconselha ela.

A coordenadora vai além e sugere que é possível usar a velha estratégia de bater "de porta em porta" para se aproximar dos profissionais que atuam no segmento que atrai o universitário. A professora exemplifica com o caso de um profissional em arquitetura cenográfica (projetos em teatro, televisão e eventos), que conseguiu ter sucesso na carreira porque quando era estudante resolveu arriscar e, sem receios, foi conversar diretamente com um dos melhores do ramo na época. "Ele se ofereceu para participar de um estágio não remunerado e aprendeu muito sobre o que engloba aquela parte especifica da profissão. É claro que essa realidade não é pertinente a todos, mas é uma ideia do que pode dar certo", exemplifica ela.

Contatos na universidade

O estudante também pode encontrar seu caminho dentro da profissão com aqueles que são provavelmente o embrião de sua rede de contatos profissionais: professores e coordenadores de curso. José Ermírio Ferreira de Moraes, professor e coordenador de engenharia química da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) acredita que a comunicação entre aluno, coordenador e professor é essencial no momento em que os futuros profissionais começam a participar de dinâmicas de grupo e processos seletivos. Segundo ele, é importante que o aluno tenha em mente que, nesse tipo de prova, não será testado apenas seu conhecimento técnico, mas também o seu lado pessoal. "Uma vez na seleção, eles devem se lembrar que a maneira com que eles falam, agem e se comportam, pode até ultrapassar o que se espera de conhecimento técnico", declara ele.

É nesse momento que a comunicação entre Moraes e seus alunos se faz tão importante. "De alguma maneira, em alguns casos, consigo identificar qual foi o motivo que fez com que o aluno não conseguisse a vaga. Pode ser que ele tenha exposto demais suas opiniões pessoais, ou em alguns casos, mostrado apenas seu lado técnico", explica o acadêmico. Por isso o incentivo é tão importante dentro da sala de aula. "Temos de descobrir o que mais atrai o estudante nas aulas e pensar sempre no seu futuro profissional. É com base nesses dados que vamos direcioná-lo para o mercado. Sempre com motivação, que deve ser o ponto principal dentro dessa relação", acrescenta ele.

Estar fora do setor em que você estuda e onde pretende trabalhar não significa que será muito mais difícil conseguir se colocar. De uma forma geral, as empresas buscam saber o máximo sobre passado do candidato na hora da contratação. A experiência profissional dentro da sua área de estudo é vista com bons olhos, mas não é determinante no ingresso no mercado de trabalho. De acordo com Bianca Mastropietro, chefe de recrutamento de estágio e trainee da Editora Abril, o importante é ter passado por alguma experiência profissional. Para ela, o problema pode estar naqueles que nunca trabalharam em lugar nenhum. "De uma maneira geral, o contratante vê o recém-formado que não tem nenhuma experiência profissional como alguém acomodado", alerta ela.

A recrutadora não acha que a universidade forma o aluno para o mercado de trabalho e é por isso que a experiência corporativa se faz tão importante. "É no estágio que o estudante terá a chance de se testar e isso só se consegue durante a graduação", exemplifica Bianca. Ela diz ainda que outro erro comum dos formandos é achar que terão chance nos processos de trainee que são abertos para quem já se formou. "Costumamos receber milhares de inscrições para esses programas, ele é realmente muito concorrido. Por isso, não é aconselhável contar apenas com ele", declara Bianca.

Existe também, para aqueles que se identificaram com o meio acadêmico, a possibilidade de continuar dentro da universidade e desenvolver projetos de pesquisa. Mesmo que nunca se tenha trabalhado para uma empresa no segmento, há a possibilidade de tentar até uma bolsa para isso, além da iniciação cientifica dentro da própria universidade. O coordenador de engenharia química da Unifesp chama a atenção para esse tipo de trabalho, que pode servir de trampolim para estudantes que queiram uma carreira futura como pesquisadores e professores universitários. "As instituições de Ensino Superior devem praticar o tripé de ensino, pesquisa e extensão, e dentro disso, desenvolver o aluno para o meio acadêmico", afirma ele, que cita as bolsas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), como um dos caminhos possíveis para tal estratégia. 



Fonte: UNIVERSIA-BRASIL (com adaptações).

Acha que errou na escolha? Encare as dúvidas do 1º ano


Dificuldades com rotina se confundem com incerteza sobre profissão

Diversos fatores podem colocar o aluno em dúvida nos primeiros dias na faculdade. Desde um primeiro contato frustrante com a profissão até a mudança de rotina do estudante, que sai do Ensino Médio e passa a enfrentar obrigações às quais não estava acostumado. O processo de adaptação não é tarefa simples para todos. Ao sentirem as primeiras dificuldades, muitos calouros ficam insatisfeitos com a situação e começam a questionar se realmente fizeram a escolha certa no vestibular.

Marcelo Rios, coordenador do curso de engenharia civil da Unifacs (Universidade Salvador) acredita que contribuem para esse questionamento dos alunos recém-chegados à universidade a carência teórica dos Ensinos Fundamental e Médio - principalmente em cursos mais técnicos -, a facilidade de acesso à graduação nas IES (instituições de Ensino Superior) privadas e o que chama de excesso de opções. "Os alunos decidem muito cedo e não têm paciência para verificar se gostam ou não do curso. A geração nova é a do controle remoto com 100 canais. Se não gosta, muda de canal. Se o curso não agrada, mudam porque se sentem obrigados a usufruir da liberdade que conquistaram", critica Rios.

Leitura semelhante tem Marcos Luiz Pessatti, coordenador do curso de Ciências Biológicas da Univali (Universidade do Vale do Itajaí). "Hoje temos tudo industrializado, o que facilita a vida, mas tem acostumado a geração nova a não ter de fazer nada. E as famílias sustentam essa postura, o que dificulta um pouco mais", acrescenta ele.

É preciso, portanto, cuidado ao avaliar se os motivos que levam ao questionamento decorrem de mera resistência em enfrentar a nova realidade ou de efetiva incompatibilidade com o curso escolhido. Nesse contexto, o primeiro conselho dos coordenadores entrevistados é para que os alunos tenham paciência e tomem consciência de que passam por uma mudança de paradigma e que as conquistas dependem unicamente do esforço e do estudo deles.

 Em seguida, a recomendação é para que façam projeções sobre o que esperam para a carreira e a vida. A finalidade é perceber que o curso é apenas uma etapa e, principalmente, que as disciplinas tendem a ficar mais práticas depois dos primeiros períodos. Para tanto, vale conversar com professores ou com profissionais. "Quando o aluno chega com dúvidas, o aconselho estagiar para ter contato com profissionais da área e ver se fica ou não mais estimulado. O importante não é que fique no curso, mas que fique no curso que goste", afirma Rios.

Essa foi a saída encontrada por Luis Bernardo Barboza Vianna Bacellar, aluno do último ano de engenharia civil da Unifacs e que tinha dúvidas sobre a profissão escolhida desde o vestibular. Essa incerteza se tornou mais notória quando as aulas começaram e só foram arrefecer quando ele começou a estagiar. "O estágio me motivou muito porque via coisas em campo que aprendia na faculdade", conta o rapaz. Por isso, o conselho dele para os calouros em dúvida é colocar a mão na massa. "Para ter opinião sobre alguma coisa, tem de experimentar, mas se a dúvida permanecer, tem de ir atrás de outra coisa porque não adianta tentar realizar o sonho dos outros", declara ele.

Pessatti é taxativo ao comentar sobre a importância da perseverança. Na visão dele, o aluno chega destreinado à graduação, pouco acostumado a raciocinar. Assim, ele defende que os estudantes se obriguem a enfrentar os desafios impostos. "A maioria encara a realidade nova. Mesmo que reprove numa ou noutra disciplina, a maioria se dá bem porque é inteligente", acredita ele.

Alguns cursos oferecem, já no primeiro ano, a possibilidade de os alunos terem aplicações práticas do conteúdo apreendido, o que, na opinião de Rios, tem efeito semelhante ao do estágio.

Cuidados prévios

Para diminuir a ocorrência desse tipo de problema já no primeiro ano, os alunos têm como alternativa avaliar a carreira e a vida universitária antes mesmo do vestibular. "Temos instrumentos que permitem ao aluno saber o que o profissional faz e como vive. E também é possível conhecer a instituição antes de se tornar aluno", diz Pessatti em referência às palestras promovidas pela sua instituição em que esses assuntos são tratados de maneira mais detalhada.

Pessatti faz ainda uma referência às perdas financeiras que uma escolha errada pode ter e como isso tem peso negativo não só no bolso do estudante, mas a longo prazo, se o medo das perdas tiver influência excessiva. Segundo ele, o planejamento financeiro é essencial, especialmente no caso de IES privadas. "O aluno entra na faculdade sem ter muita noção se vai conseguir pagar e, ao longo do semestre, alguns começam a sentir que não vão cumprir o compromisso financeiro e largam ou optam por outro curso mais pelo custo do que pela vocação", lamenta Pessatti.

Rios acredita que a somatória de fatores tende a pesar mais. "O sujeito vê que tira boa parte do salário para a mensalidade, não consegue acompanhar o curso direito, está muito cansado e a família sente falta dele. Daí, num momento de fraqueza, ele larga", analisa. Nesses casos, a saída apontada por ambos os coordenadores é recorrer a financiamentos estudantis disponíveis. 


Fonte: UNIVERSIA-BRASIL (com adaptações).

Até que ponto estrutura ruim prejudica estudantes?


Embora importante, outros fatores são necessários para boa formação


"Quem faz a faculdade é o aluno". A frase chega a ser um clichê na boca de alguns estudantes. Frequentemente usada por alunos matriculados em instituições menos prestigiadas, a alegação é vista por muitos quase como uma justificativa para o fracasso na tentativa de ingresso numa universidade renomada, que tenha bons professores e além disso, infraestrutura de ponta. Mas até que ponto a boa estrutura pode dar vantagem aos estudantes universitários e de que forma um bom aluno pode ficar para trás se não tiver a sua disposição boas instalações? De fato é somente o aluno quem faz a faculdade ou as instalações fazem toda a diferença no processo de aprendizado?

Para Laeda Machado, coordenadora do curso de pedagogia da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), a infraestrutura de aprendizado é um conjunto entre espaço físico e capacidade do professor com seu envolvimento no tripé educacional universitário de ensino, extensão e pesquisa. "O professor deve criar mecanismos que incentivem o aprendizado dos alunos", diz ela. Segundo a coordenadora, além das atividades fora dos horários de aula, é preciso aproveitar da melhor maneira possível a sala de aula, lugar onde alunos e professores passam boa parte de seu tempo. Por esse ponto de vista, Leda afirma que deficiências estruturais podem afetar o rendimento dos alunos e dificultar o trabalho dos professores. "Por exemplo, passamos por uma onda de calor que atrapalha a permanência dentro das salas", explica a coordenadora sobre a dificuldade de lidar com um grupo de alunos das 8h às 12h numa sala sem ar-condicionado.

De acordo com o pró-reitor de ações afirmativas e assistência estudantil da UFBA (Universidade Federal da Bahia) Álamo Pimentel, um dos principais desafios das universidades depois do ingresso dos alunos é mantê-los na instituição. E é aí que a infraestrutura tem papel importante, já que Pimentel destaca a importância das atividades extraclasse. "A universidade deve transcender a sala de aula. É preciso organizar festivais de música, teatro e amostras de cinema, por exemplo", explica ele, que chama atenção para que haja constante comunicação entre alunos, professores e reitoria para manutenção do ambiente em ordem e melhora das possíveis falhas de estrutura. "Público ou privado, o espaço é sempre de todos, por isso é preciso respeitar e manter a reitoria informada sobre o que se deve fazer para melhorar o ambiente", acrescenta Pimentel.

Há educadores que defendem que a infraestrutura é fundamental em determinadas áreas. Helena Côrtes, professora da faculdade de educação e pró-reitora de ensino de graduação da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), usa como exemplo os cursos de Comunicação Social, Química e Engenharia, em que, segundo ela, o aprendizado prático é de extrema importância para os conteúdos procedimentais. "Não é possível aprender a nadar sem entrar numa piscina, por isso esse tipo de laboratório é tão necessário", exemplifica Helena. De acordo com ela, a necessidade de uma boa infraestrutura não termina apenas nos objetos específicos de cada área, ela cerca toda a universidade, desde a entrada até a saída e passa por áreas de lazer, alimentação e até sustentabilidade. É esse conjunto de fatores que Helena acredita serem capazes de potencializar o maior objetivo de uma instituição de ensino, o compartilhamento de conhecimento.

Em sala de aula

Dentro da sala de aula aspectos que podem parecer simples são os que fazem maior diferença na hora do aluno assistir as aulas. "A iluminação deve vir da esquerda, agir em parceria com a luz natural e a lousa possuir anti-reflexo", diz Helena, que explica que dessa maneira, além de consumir menos energia, também mantém o foco do aluno que não terá dificuldade na hora de buscar os pontos apontados pelo professor no quadro. Naquelas salas de aula onde o número de alunos é muito grande, o uso de microfones é outro ponto que facilita a comunicação entre professores e estudantes. Helena também acha importante o uso do ventilador, sejam eles de teto, ou ar-condicionado, além das carteiras ergonômicas. "No calor é imprescindível que haja ventilação na sala e carteiras que não prejudiquem a postura dos alunos", continua a professora.

Nas áreas comuns da universidade a educadora acredita que banheiros limpos, jardins, paisagismo e centros de coleta para resíduo reciclável também agem no lado social do indivíduo. "Sob o ponto de vista didático existe o favorecimento da aprendizagem pelo ambiente que permeia a sala de aula", afirma Helena. Esses aspectos, em parceria de um grupo de docentes capazes, pode parecer o suficiente para o aproveitamento de qualquer curso, mas a professora vai além. "Os professores devem ser capacitados para aproveitar da melhor maneira possível essa infraestrutura, mas isso não é tudo. Eles devem estar sempre centrados no lado humano da relação com os alunos. Estudar seus problemas para ajudar em seu aprendizado", declara ela.

Um exemplo que a professora usa para ilustrar como boas instalações deve ser aliadas a boas práticas são as visitas a bibliotecas. Ainda que sejam bem equipadas e de importância evidente, Helena adverte. "O professor não pode apenas direcionar o aluno à biblioteca, ele deve frequentar o ambiente com sua turma e trocar dicas de leitura para fazer parte do contexto", sugere ela, que destaca também o papel da alimentação e como o fácil acesso a áreas para esse fim podem contribuir para a boa performance estudantil. Segundo ela, a alimentação saudável também deve ser encarada com atenção pelas instituições. "As refeições devem ter o acompanhamento de um nutricionista para que sejam balanceadas, baratas e nutritivas. É uma boa opção para aqueles que se alimentam mal entre as aulas".

Internet

A rede mundial de computadores e a propagação do acesso têm sempre lugar de destaque quando o assunto é estrutura de aprendizado. Há consenso da importância dessa ferramenta no ambiente universitário. Mas em decorrência da facilidade e velocidade com que a informação chega para os estudantes, muitos acabam com a ilusão de que a internet ainda vai substituir o papel do orientador, e mesmo que seja uma ferramenta útil tanto para o aluno quanto para o pesquisador, Helena explica o problema dessa substituição irresponsável. "Vivemos na era da informação, mas ela, por si só, não é sinônimo de conhecimento", alerta. Para que esse tipo de tecnologia seja utilizada da maneira correta, a educadora acredita que é necessário um professor que mostre o melhor caminho para os seus alunos dentro do que é estudado. Isso porque, a perca do foco pode levar os estudantes para longe do aprendizado adequando em meio às muitas opções da rede.

Além da proximidade que deve existir entre professor e aluno na busca pelo conhecimento, Maria Amélia Sabbag Zainko, pró-reitora da UFPR (Universidade Federal do Paraná), acredita que o contato com obras culturais como livros devem vir antes do contato com o mesmo material virtual. "Os alunos precisam frequentar bibliotecas para compreender a diversidade de obras que a humanidade já publicou e o peso cultural que isso gerará para sua vida acadêmica e pessoal", diz ela.

Maria Amélia completa ainda que, independentemente do que o aluno pensa que o aguarda no Ensino Superior, o conhecimento está em constante mudança. Na sala de aula ele vai apenas receber mais uma dose disso, mas ele não deve pensar que sairá da universidade transbordando saber, ainda que a instituição seja privilegiada em termos estruturais. "A universidade não transfere um conhecimento acabado, esse é um processo que vai e deve acontecer por toda a vida", declara Maria Amélia. 


Fonte: UNIVERSIA-BRASIL (com adaptações).

TCC pode render frutos depois da formatura

Olho em demandas do mercado ajuda no planejamento após êxito na banca


O TCC (trabalho de conclusão de curso) leva pelo menos um semestre para ser produzido e a apresentação não dura mais do que algumas horas. Em muitos casos, depois da aprovação, o trabalho não tem aproveitamento algum e passa a servir apenas para ilustrar currículos e portfólios. Em alguns casos, no entanto, o TCC pode proporcionar ganhos aos alunos que extrapolam o âmbito acadêmico.

Existem até algumas escolas que estimulam estudantes a pensar o TCC como parte da iniciação profissional. "Ele é tão aplicado à prática que no dia da banca são convidadas empresas parceiras para assistir à apresentação. Temos banca acadêmica e banca de mercado, esta última, opina sobre o que achou interessante", conta Ricardo Nakai, professor de marketing da Esamc. Ele acredita que o TCC é uma oportunidade interessante para o aluno conversar com o mercado.

Enfoque semelhante é dado ao TCC do curso de publicidade e propaganda da Universidade Metodista. De acordo com Fernando Ferreira de Almeida, coordenador do curso, o aluno tem de se aproximar ao máximo da situação real de mercado. "O TCC é visto como um instrumento de trabalho. Desde o primeiro semestre os alunos já trabalham o desenvolvimento do TCC em contato com o mercado. Ele tem de apresentar soluções e pensar sempre no retorno do investimento feito pelo cliente", explica Almeida.

Não é apenas para os cursos voltados ao mercado que a possibilidade de desenvolver um TCC com aplicação prática existe. De acordo com Denizar Melo, coordenador do curso de fisioterapia da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), por exemplo, é comum o trabalho final servir como ponte para o mestrado. "O que se quer com o TCC, que é um trabalho que desperta no aluno o espírito empreendedor e cientifico, é que ele seja um grande laboratório, propicie vivência prática e possa resultar numa (proposta a ser apresentada num curso) stricto sensu", afirma Melo.

Além disso, Melo afirma que há casos em que o aluno desenvolve novas técnicas ou equipamentos que são de interesse do mercado. O desencadeamento do trabalho de conclusão dependeria da intenção do aluno. "Para alguns é mais natural atuar no mercado. Já outros têm viés mais acadêmico. O que a gente procura é potencializar essas vocações", explica Melo. Segundo Almeida, um dos requisitos para que o TCC obtenha sucesso comercial é o embasamento teórico. "O trabalho serve para consolidar o conhecimento e confrontar teoria e prática. É importante ter base e conteúdo", acrescenta.

Direcionado ao mercado

O coordenador do curso de fisioterapia da PUCRS defende a idéia de que para aproveitar o TCC depois da formatura, o aluno precisa estar atento às necessidades de mercado. "Ele tem de ter um bom problema para resolver. E, a partir dele, montar um bom projeto para organizar esquematicamente a solução", recomenda Melo. No entanto, ele sugere que o aluno direcione essa busca para a área do conhecimento da qual ele mais se aproxima.

A exploração de nichos de mercado ainda carentes de soluções também é recomendada pelo professor de marketing da Esamc. Segundo Nakai, o ideal é procurar empresas dispostas a comprar capital intelectual para os problemas que enfrenta. Já Almeida defende que a única forma de conseguir desenvolver o trabalho de acordo com as demandas de mercado é estar atento às tendências e oportunidades à época da escolha do tema. "A dica é estudar sempre, acompanhar a evolução tecnológica do mercado. Seja para monografia ou para desenvolver campanhas e produtos", acredita ele.

Marcelo Veras, vice-presidente acadêmico da Esamc, concorda com Almeida e reforça o coro na defesa da tese de que o estudante precisa enxergar o mercado. "Tem de estar atento com o que o mercado precisa. Não pode pegar um tema só para cumprir tabela. Tem de ser um projeto para colocar embaixo do braço e levar na entrevista de emprego", declara Veras. Nesse sentido, Nakai acrescenta ainda que o aluno tem a vantagem de ter à disposição durante a execução do TCC, além de toda a infraestrutura da instituição, o conhecimento dos professores. "O aluno nem sempre tem capacidade para desenvolver a solução, mas pode utilizar os recursos da universidade e o conhecimento e experiência dos professores para desenvolver um produto seu", explica Nakai. "O professor é um profissional, que conhece a linguagem própria do mercado", completa ele.

No caso do grupo do então estudante Dani Schweller, formado em propaganda e marketing pela Esamc em julho de 2009, foi uma das professoras quem viabilizou o contato com a empresa da qual ele era gerente de marketing. "Os professores têm necessidades reais que podem ser aproveitadas pelos alunos", resume Schweller. No curso de fisioterapia da PUCRS, as pesquisas dos alunos são atreladas às linhas de pesquisa dos professores. "Os alunos desenvolvem parte da pesquisa dos professores. Às vezes, os professores reúnem grupos de alunos e cada um faz um capitulo de um livro, que pode ser publicado", explica Melo. Por isso, ele recomenda para aqueles que têm interesse em levar o TCC ao mercado, que procurem professores e orientadores interessados em atuar na mesma linha. A própria universidade pode direcionar o desenvolvimento de trabalhos mais atraentes aos olhos do mercado. "Todo ano exploramos um segmento para ser trabalhado pelos alunos. Depende do que está em alta no mercado", diz Almeida.

Oportunidade de padronização

Formado em agosto de 2007 pela PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), o fisioterapeuta Régis Mestriner atualmente aguarda a concretização do processo de transferência tecnológica da patente depositada a partir de seu TCC. No projeto que fez em parceria com Rafael Oliveira Fernandes, ele desenvolveu um sistema de fisioterapia respiratória que, apesar de mais barato que os similares, estava esquecido devido à falta de padronização. "O sistema já existia desde a década de 30, mas não tinha como ser executado com segurança", resume Mestriner.

Trata-se de um equipamento, denominado coluna d'água, para reabilitação pulmonar em que o paciente assopra ar para o interior de um recipiente por meio de um canudo. O fisioterapeuta pode regular a pressão interna e com isso exigir mais ou menos pressão por parte do paciente. O problema que prejudicava o uso desse método dizia respeito à resistência promovida pelo canudo à passagem do ar. Impossível de ser controlada pelo fisioterapeuta, comprometia o tratamento. "Embora seja um sistema alternativo a outros bem mais caros que existem no mercado, há muita resistência dos profissionais em utilizar, justamente pela falta de padronização", lamenta Mestriner.

Os alunos tomaram conhecimento desse sistema numa aula do sexto semestre de Fisioterapia, quando o professor - que se tornou orientador do trabalho - propôs aos alunos que avaliassem o desempenho de diferentes tipos de material para execução dos procedimentos. Mestriner e Fernandes se interessaram e procuraram o hospital São Lucas, da própria PUCRS, onde conseguiram montar o sistema experimental e levantar os dados necessários para desenvolvimento do projeto. "A idéia inicial era padronizar o processo para usar no próprio São Lucas. O TCC nos deu a oportunidade de experimentar as idéias que surgiam. De algo que não esperávamos, conseguimos publicar até artigo", comemora Mestriner.

Depois da apresentação do TCC, em agosto de 2007, a dupla continuou com o desenvolvimento do sistema visando o departamento de registro de patentes da PUC. Atualmente, a universidade, que depositou o registro, negocia a comercialização do sistema com empresas da área de saúde. Os trâmites estão sendo resolvidos pela universidade, que é quem levará, caso o processo seja bem sucedido, a maior parte dos lucros. Ainda assim, Mestriner e seu parceiro de TCC também terão retorno sobre o trabalho. "Estamos bem esperançosos de que aconteça. Toda a parte experimental foi feita durante o TCC. A única coisa feita depois foi o artigo", conta Mestriner sobre o material publicado na revista científica da área de fisiologia respiratória Respiratory Care.

Opção pelo desafio

A possibilidade de aplicar na prática os conhecimentos adquiridos ao longo do curso foi o que levou o grupo de TCC de Dani Schweller a optar pela Topz, empresa do grupo farmacêutico EMS, para a criação de uma campanha de reposicionamento de marca. De acordo com ele, duas das seis pessoas que compunham o grupo trabalhavam na EMS, além de a professora Vania Bitencour Serrasqueiro ser gerente de marketing da empresa, o que facilitou o acesso à companhia. Além disso, era o único cliente prospectado que apresentava um desafio real. "Tivemos algumas opções de clientes, mas esse era o que proporcionava o desafio mais real. Tinha uma verba reduzida, mas era uma verba real. E queríamos trabalhar com isso", declara Schweller.

Ele explica que a presença da professora na posição de gerente da empresa foi importante para estreitar o relacionamento entre cliente e alunos e pautou o grupo com relação às necessidades da EMS. "Ela acompanhou todo o desenvolvimento do trabalho. Por ela ser professora, sabia da seriedade do projeto e, por conhecer o grupo, pôde confiar na hora de passar os dados da empresa", afirma. Dessa maneira, o grupo de Schweller procurou atender à necessidade da empresa de acelerar o retorno da linha de protetores solares Topz. Para tanto, o grupo realizou análises de mercado e desenvolveu peças de criação para apresentar ao cliente. "Propusemos a reformulação de embalagens, a criação da marca Sunny para diferenciar da linha Topz, criamos programas de metas e incentivos para a equipe e criamos programas de incentivo para os clientes", explica ele.

Como resultado, além de amigos e familiares, a diretoria da Topz esteve presente à apresentação. Atualmente, a marca Sunny está em processo de registro e a empresa está analisando formas de adotar outras das propostas do TCC. Além de Dani Schweller, o grupo de TCC era composto por Talles Ramalho, André Froner Hortense, Fernanda Ponzeto, Flávia Von e André Krajewski.

Como aproveitar o TCC depois da formatura

- Procure desenvolver soluções para necessidades reais de mercado;
- Busque orientação de professores que atuem no segmento de mercado desejado;
- Mantenha-se informado quanto às tendências e necessidades de mercado;
- Encare o desenvolvimento do trabalho como uma possibilidade de abrir portas junto às empresas;
- Explore a infraestrutura da instituição e a experiência dos professores para desenvolver um produto ou solução seu.