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sexta-feira, julho 15, 2011

Personalidades da Radiação - Parte II

 Por Mariana Duarte


Hans Geiger
Foi um físico alemão. Juntamente com Walther Müller, desenvolveu o contador Geiger. Em 1902, Geiger começou a estudar física e matemática em Erlangen, obtendo um doutorado em 1906. Em 1907 começou a trabalhar com Ernest Rutherford na Universidade de Manchester. Em 1912 tornou-se líder da Physical-Technical Reichsanstalt de Berlim, em 1925 professor na Universidade de Kiel, 1929 em Tübingen e, a partir de 1936, em Berlim. Em Berlim, desenvolveu, em conjunto com o então estudante de graduação Walther Müller, o contador Geiger.

Descobriu com Mitchell Nuttall a lei Geiger-Nuttal e realizou experiências que levaram ao modelo atômico de Ernest Rutherford. Ele era também membro do Uranverein (Clube do Urânio) na Alemanha nazista, o grupo de físicos alemães que, durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhou sem êxito na construção da bomba atômica alemã. Sua lealdade ao Partido Nazi levou-o a trair seus colegas judeus. Editou, juntamente com Karl Scheel, entre 1926 e 1933, o Handbuch der Physik, composto de 24 volumes.

Walther Müller
Foi um físico alemão, mais conhecido pelo aperfeiçoamento do contador Geiger de Hans Geiger, hoje em dia conhecido como tubo de Geiger-Müller. Estudou física, química e filosofia na Universidade de Kiel. Em 1925 tornou-se o primeiro doutorando de Hans Geiger, que recém obtivera o posto de professor em Kiel. O trabalho deles sobre ionização de gases por colisão levou à invenção do contador Geiger-Müller, aparelho atualmente indispensável para medidas de radiação ionizante.

Após algum tempo como professor na Universidade de Tübingen, trabalhou o resto da sua vida profissional como físico industrial na Alemanha, depois como conselheiro para o ministério da economia australiano, e mais tarde como físico industrial nos Estados Unidos, onde também fundou uma companhia para fabricação de tubos Geiger-Müller.

Lise Meitner

Muitos cientistas consideram essa austríaca judia a mulher mais importante na ciência do século 20, por comprovar a fissão nuclear. Quando a Áustria foi anexada pela Alemanha em 1938, Meitner precisou deixar o país. Foi nesse ano que a fissão foi comprovada com a ajuda de Hans Hermann Hupfeld. Mas foi o colega de trabalho quem ganhou o Prêmio Nobel, em 1944, pela descoberta.

 




Ida Noddack 

Essa química alemã foi a primeira a mencionar a idéia de fissão nuclear, em 1934. Sugeriu que, pela lógica, o núcleo de urânio poderia dividir-se em duas partes de tamanho médio. Mas foi ignorada na época. Com futuro marido, Walter Noddack, e com Otto Berg, ela descobriu o elemento número 75, o rênio. Foi indicada três vezes para o Prêmio Nobel de Química.

 






Hans Hermann Hupfeld 

Foi um físico alemão conhecido por seu trabalho sobre a dispersão dos raios gama. Hupfeld foi doutor em física e trabalhou junto ao Prof. Dr. Otto Hahn, no então Kaiser Wilhelm Institut, em Berlim. Sua principal contribuição em física, entre outros, "The Meitner-Hupfeld effect".

 








Olinto De Pretto
 
Foi um físico e empresário italiano. Alguns pesquisadores atribuem a ele a elaboração da fórmula E = mc². Pós-graduado em agricultura, foi assistente na Escola Superior de Agricultura de Milão e diretor da empresa "Silvio Ing De Pretto & C," fundada por seu irmão e, que em 1920 tornou-se a "De Pretto-Escher Wyss." Em seu tempo livre dedicava-se ao estudo de física e geologia. Cultivava o ideal irredentista a favor do Vêneto, então sob domínio dos Habsburgos.

Em 23 de novembro de 1903, Olinto De Pretto apresentou no Instituto Real de Ciências, Letras e Artes de Vêneto, um ensaio intitulado "Ipotesi dell'etere nella vita dell'universo" ("Hipótese do éter na vida do universo") em que ele tentou explicar a natureza do éter e da força gravitacional argumentando que: "a matéria se movendo na velocidade da luz teria energia cinética igual a mv²."
Albert Einstein expôs a sua teoria sobre a equivalência entre massa e energia, dois anos mais tarde, em 1905, que estabelece a relação E = mc² onde a letra "c" (definida estado constante universal), é também, a velocidade da luz. Da leitura do ensaio publicado por Olinto De Pretto, transparece que o estudioso italiano tinha percebido o futuro, dramático, da exploração da energia nuclear. Isso é demonstrado pelas dúvidas que ele expôs na seguinte passagem:

"A que resultado espantoso fomos conduzidos? Ninguém poderia suspeitar que armazenado em estado latente, em um quilo de matéria, completamente oculto de todas as nossas investigações, haveria uma quantidade de energia que é equivalente ao montante a milhões e milhões de quilogramas de carvão, idéia que certamente seria julgada insana. Meus cálculos me obrigam a admitir que no interior da matéria deve estar armazenada uma quantidade de energia além da imaginação."

Emil H. Grubbe
 
O último sobrevivente de seu grupo de pioneiros na ciência da radiologia, Doutor Emile H. Grubbe morreu em 26 de março de 1960. Seu desejo de contribuir para o avanço da ciência do medicamento através de radiologia permaneceu até o final de sua vida e, portanto, ele não queria saber de mais nada a não ser do
que se tratava de correção da deficiência humana, particularmente o câncer. Ele foi o primeiro a mostrar o dano tecidual causado pelos raios Roentgen.
 
Nascido em Chicago no início de 1875, doutor Grubbe foi dito ser uma criança precoce. Felizmente, ele tinha abundantes apoio domiciliário para o ensino superior, para o curso, e para a pesquisa. Ele foi educado em escolas públicas de Chicago e na Universidade de Valparaiso, Indiana, e teve aulas particulares de química, física, e de eletricidade neste país e na Europa. Antes de completar vinte anos, Dr. Grubbe tinha estabelecido um laboratório em Chicago. Como um
ensaiador de metais raros que cedo ganhou uma reputação quanto à precisão e honestidade, características da vida, trazendo-lhe uma clientela a partir de grandes instituições financeiras envolvidas na promoção da mineração. Na fabricação dos tubos Crooke e na busca de raios-X, a sua produção e uso, a sua mente de investigação o levou ao experimento com cristais fluorescentes. No decorrer desses estudos ele expôs a pele do seu rosto e pescoço à radiação
além do ponto de tolerância. Ele também sofreu irradiação total do corpo, escapando da morte de discrasias sangüíneas e esterilidade. 

Sua vida foi salva consultando Sir William Osler, que sugeriu a recém-desenvolvida medicação de sangue de boi fresca e fígado. Enquanto sua esterilidade ainda não havia percebido, mais tarde tornou-se um grande fator em suas infelizes relações conjugais e na solidão de sua vida sem filhos. 

O primeiro aparelho de raios-X em um hospital de Chicago foi projetado, montado e operado pelo doutor Grubbe em 1896 (o Hospital de Hahnemann Chicago).

Louis Harold Gray
Foi um físico britânico. Trabalhou principalmente com investigações dos efeitos da radiação em sistemas biológicos, originando o campo da radiobiologia. Dentre muitas de suas realizações, definiu uma unidade de dosagem de radiação que foi posteriormente denominada Gray no Sistema Internacional de Unidades.


 




Paul Jacques Curie
 
Foi um físico francês. Foi professor de mineralogia na Universidade de Montpellier. Era irmão de Pierre Curie, com quem estudou a piroeletricidade; este estudo levaria à descoberta de alguns dos mecanismos da piezoeletricidade.

 






Rolf Maximilian Sievert
Foi um físico sueco. Sua contribuição mais significativa foi o estudo dos efeitos biológicos da radiação ionizante. Foi chefe do laboratório de física da clínica oncológica Radiumhemmet, de 1924 a 1937, quando tornou-se chefe do departamento de física radiológica do Instituto Karolinska. Foi pioneiro na medição de doses de radiação, especialmente em seu uso no diagnóstico e tratamento do câncer. No final de sua vida focou suas pesquisas nos efeitos biológicos da exposição repetitiva a baixas doses de radiação. Em 1964 fundou a International Radiation Protection Association, sendo seu diretor por certo período. Também dirigiu o Comitê Científico das Nações Unidas sobre os Efeitos da Radiação Atômica.

Inventou diversos instrumentos para medição de doses de radiação, sendo o mais conhecido a câmara de Sievert. Em 1979, na Conferência Geral de Pesos e Medidas, a unidade SI de dose equivalente de radiação ionizante foi denominada sievert (Sv).

Niels Henrick David Bohr
Foi um físico dinamarquês cujos trabalhos contribuíram decisivamente para a compreensão da estrutura atômica e da física quântica. Licenciou-se na sua cidade natal em 1911 e trabalhou com Joseph John Thomson e Ernest Rutherford na Inglaterra. 

Em 1913, aplicando a teoria da quantificação aos elétrons/electrões do modelo atômico de Rutherford, conseguiu interpretar algumas das propriedades das séries espectrais do hidrogênio e a estrutura do sistema periódico dos elementos. Formulou o princípio da correspondência e, em 1928, o da complementaridade. Estudou ainda o modelo nuclear da gota líquida, e antes da descoberta do plutônio, previu a propriedade da cisão, análoga à do U-235. Bohr recebeu o Nobel de Física em 1922.

Bohr estudou ainda a interpretação da estrutura dos átomos complexos, a natureza das radiações X e as variações progressivas das propriedades químicas dos elementos. Bohr dedicou-se também ao estudo do núcleo atômico. O modelo de núcleo em forma de “gota de água” revelou-se muito favorável para a interpretação do fenômeno da fissão do urânio, que abriu caminho para a utilização da energia nuclear. Bohr descobriu que durante a fissão de um átomo de urânio desprendia-se uma enorme quantidade de energia e reparou então que se tratava de uma nova fonte energética de elevadíssimas potencialidades. Bohr, com a finalidade de aproveitar essa energia, foi até Princeton, na Filadélfia, onde se encontrou com Einstein e Fermi para discutir com estes o problema.

Em 1933, juntamente com seu aluno Wheeler, Bohr aprofundou a teoria da fissão, evidenciando o papel fundamental do urânio 235. Estes estudos permitiram prever também a existência de um novo elemento, descoberto pouco depois: o plutônio. Em 1934, publicou o livro “Atomic Theory and the Description of Nature”, que foi reeditado em 1961. Em janeiro de 1937, Bohr participou na Quinta Conferência de Física Teórica, em Washington, na qual defendeu a interpretação de L. Meitner e Otto R. Frisch, também do Instituto de Copenhaga, para a fissão do urânio. Segundo esta interpretação, um núcleo atômico de massa instável era como uma gota de água que se rompe.

Três semanas depois, os fundamentos da teoria da "gota de água" foram publicados na revista "Physical Review". A esta publicação seguiram-se muitas outras, todas relacionadas com o núcleo atómico e a disposição e características dos electrões que giram em torno dele. Um ano depois de se ter refugiado em Inglaterra, devido à ocupação nazi da Dinamarca, Bohr mudou-se para os Estados Unidos, onde ocupou o cargo de consultor do laboratório de energia atómica de Los Alamos. Neste laboratório, alguns cientistas iniciavam a construção da bomba atômica.

Bohr morreu a 18 de Novembro de 1962, vítima de uma trombose, aos 77 anos de idade.

Otto Von Baeyer

Foi um físico alemão. Baeyer estudou física em Munique e Leipzig, onde doutorou-se em 1905 supervisionado por Otto Heinrich Wiener. Foi assistente de Heinrich Rubens na Universidade de Berlin, em 1908. Suas principais investigações foram dentre outras sobre a estrutura ultra fina de linhas espectrais, raios catódicos lentos e ondas elétricas curtas.

Fritz Strassmann

Foi um químico alemão. Foi um dos descobridores da fissão nuclear. Com Otto Hahn, em 1938, identificou bário no resíduo após bombardear urânio com nêutrons, o que levou à interpretação de seus resultados como sendo da fissão nuclear. Strassmann foi reconhecido pelo Yad Vashem Memorial do Holocausto como Justo entre as Nações .

Em 1946 ele se tornou professor de química inorgânica na Universidade de Mainz e 1948 diretor do recém-criado Instituto Max Planck de Química . Mais tarde, ele fundou o Instituto de Química Nuclear. Em 1957 ele foi um dos Göttinger 18, que protestaram contra a Adenauer planos de governo para equipar a Bundeswehr , o exército ocidental da Alemanha, com armas nucleares tácticas. Presidente Johnson honrou Hahn, Meitner e Strassmann 1966 com o Prêmio Enrico Fermi.

Otto Robert Frisch
Foi um físico britânico. Com seu colaborador Rudolf Peierls ele projetou o primeiro mecanismo teórico para a detonação de uma bomba atômica em 1940. Frisch era judeu, nascido em Viena, na Áustria , em 1904, filho de um pintor e uma pianista de concerto. Ele era talentoso em ambos, mas também tinha herdado de sua tia Lise Meitner amor à física e iniciou um período de estudo na Universidade de Viena, graduando-se em 1926, com alguns trabalhos sobre o efeito recém-descoberto de elétrons em sais. 

Depois de alguns anos trabalhando em laboratórios na obscura Alemanha, Frisch obteve em Hamburgo o Prêmio Nobel vencendo o cientista Otto Stern. Lá, ele produziu um trabalho sobre a curiosa difração dos átomos (usando superfícies de cristal) e também revelou que o momento magnético do próton era muito maior do que se supunha anteriormente.

A adesão de Adolf Hitler à chancelaria da Alemanha em 1933 fez Otto Robert Frisch tomar a decisão de se mudar para Londres, Inglaterra onde se juntou a equipe do Birkbeck College e trabalhou com o físico Patrick Maynard Stuart Blackett na nuvem câmara de tecnologia e radioatividade
artificial. Ele seguiu assim por cinco anos em Copenhagen com Niels Bohr, onde ficaram cada vez mais especializados em física nuclear, particularmente em física de nêutrons.
 
Em 1946 ele retornou à Inglaterra para assumir o cargo de chefe da divisão de física nuclear do Estabelecimento Atomic Energy Research em Harwell, embora ele também passou a maior parte dos próximos 30 anos ensinando em Cambridge , onde foi professor de Filosofia Natural Jacksonian e um companheiro da Trinity College .

Antes de se aposentar ele projetou um dispositivo, SWEEPNIK, que usou um laser e um computador para medir as faixas em câmaras de bolha . Vendo que isso tinha aplicações mais amplas, ele ajudou a fundar uma empresa, Laser-Scan limitada, agora conhecida como 1Spatial.

William Ramsay
Foi um químico escocês. Estudou nas Universidades de Glasgow e Tubinga. Foi professor de química da University College de Bristol em 1880 e diretor da mesma no ano seguinte. Em 1887 transferiu-se para Londres, onde exerceu o cargo de professor de química da University College até que se aposentou em 1913.

Entre 1885 e 1890 publicou notáveis estudos sobre os óxidos de nitrogênio. Descobriu cinco elementos gasoso inertes, os denominados gases nobres: o argônio em 1894, trabalhando com Rayleigh; o hélio em minerais terrestres, em 1895, o criptônio, o neônio e o xenônio. Os três últimos foram descobertos juntamente com Morris W. Travers, em 1898. Contribuiu para o conhecimento de que o hélio é um produto da desintegração atômica do rádio.

Recebeu o Nobel de Química de 1904, em reconhecimento de seus trabalhos sobre os gases e da determinação da posição que ocupam no sistema periódico. Seus trabalhos posteriores no campo da radiatividade foram tanto ou mais importantes que estes. Escreveu “Gases da Atmosfera” (1896), Química Moderna” (1902) e Essays, Biographical and Chemical (1908).

Ivan Pulyui
 
Foi um físico ucraniano, inventor e patriota que tem sido defendido como um desenvolvedor de início do uso de raios-X para imagens médicas. Suas contribuições foram muito negligenciadas até o final do século 20.
Pulyui fez uma pesquisa pesada para os raios catódicos, a publicação de vários artigos sobre o assunto entre 1880 e 1882. Como resultado de experimentos em que ele chamou de luz fria, 

Pulyui desenvolveu a lâmpada Pulyui que foi produzida em massa por um período. Este dispositivo também foi uma espécie de primitivo tubo de raios X, mas não foi até Wilhelm Röntgen descobrir os raios-X e publicar seus experimentos que Pulyui reconheceu o potencial do seu próprio dispositivo. Ele foi, no entanto, entre os primeiros que trabalhou com Raios-X e os usou para diagnósticos médicos.

Pulyui fez muitas outras descobertas também. Ele é especialmente conhecido por inventar um dispositivo para determinar o equivalente mecânico do calor que foi exibido na Exposição Universal , Paris , 1878. Pulyui também participou da abertura de várias usinas na Áustria-Hungria.

Heinrich Rudolf Hertz
Foi um físico alemão que demonstrou a existência da radiação eletromagnética criando aparelhos emissores e detectores de ondas de rádio. Hertz pôs em evidência em 1888 a existência das ondas eletromagnéticas imaginadas por James Maxwell em 1873. Hertz nasceu em Hamburgo a 22 de Fevereiro de 1857. Interessou-se desde muito cedo pela construção de mecanismos, tema que sempre o atraiu, mesmo enquanto trabalhou na área da física.

Levado por essa sua apetência, frequentou uma faculdade de engenharia durante dois anos. No entanto, a sua vontade de levar a cabo a investigação científica fê-lo optar pela física, tendo ingressado na Universidade Humboldt de Berlim em 1878.

Alguns anos mais tarde, torna-se professor na Universidade de Kiel, onde inicia investigações sobre a eletrodinâmica de Maxwell, a qual se opunha à eletrodinâmica mecanicista e a anteriores teorias sobre a natureza da ação a distância. A partir de 1883, ano da sua mudança para Kiel, descobre a produção e propagação das ondas eletromagnéticas bem como formas de controlar a frequência das ondas produzidas. Todas essas experiências permitiram-lhe demonstrar a existência de radiação eletromagnética, tal como previsto teoricamente por Maxwell.

A respeito das propriedades das ondas electromagnéticas, que Heinrich Rudolf Hertz passa a estudar, descobriu que a sua velocidade de propagação é igual à velocidade da luz no vácuo, que têm comportamento semelhante ao da luz, e que oscilam num plano que contém a direção de propagação. Demonstrou também a refração, reflexão e a polarização das ondas. Cinco anos mais tarde, no início de 1893, Hertz adoece e é operado de um tumor na orelha. No entanto, no final desse ano, adoece de novo e, no dia 1 de Janeiro de 1894, antes de completar 37 anos, morre de bacteremia.

Johann Wilhelm Hittorf
Foi um alemão físico que nasceu em Bonn. Hittorf foi o primeiro a calcular a capacidade de transporte de eletricidade de átomos e moléculas carregadas ( íons ), um fator importante no entendimento de reações eletroquímicas. Ele formulou números transporte de íons e o primeiro método para sua medição.

Ele observou tubos de raios de energia que se estende desde um
eletrodo negativo. Estes raios produz uma fluorescência quando batem nas paredes de vidro dos tubos. Em 1876, o efeito foi batizado de " raios catódicos "de Eugen Goldstein .

As primeiras investigações da Hittorf estavam no alótropos do fósforo e selênio . Entre 1853 a 1859 a sua obra mais importante foi sobre o movimento de íons causados por corrente elétrica. Em 1853 Hittorf salientou que alguns íons viajam mais rapidamente do que outros. Esta observação levou ao conceito de número de transporte, a fração da corrente elétrica transportada por cada espécie iônica. Ele mediu as alterações na concentração de soluções de eletrólise, calculado a partir desses números transporte (relativa capacidade de carga) de muitos íons, e em 1869, publicou suas leis que regulam a migração de íons.

Ele se tornou professor de física e química na Universidade de Münster e diretor dos laboratórios de lá de 1879 até 1889. Ele também investigou os espectros de luz de gases e vapores, trabalhou na passagem de eletricidade através de gases, e descobriu novas propriedades dos raios catódicos (raios de elétrons). Em 1869, ele verificou que os raios catódicos brilhavam em cores diferentes por causa de diferentes gases e pressões. Ele notou que, quando havia qualquer objeto colocado entre o cátodo e o lado iluminante do tubo, aparecia uma sombra. Seu trabalho levou em direção ao desenvolvimento de raios-X e tubos de raios catódicos . A medição de corrente em um tubo de vácuo foi um passo importante para a criação de um diodo de tubo de vácuo.

William Crookes
 
Foi um químico e físico inglês. Freqüentou o Royal College of Chemistry em Londres, trabalhando em espectroscopia. Em 1861, descobriu um elemento que tinha uma linha de emissão verde brilhante no seu espectro, ao qual deu o nome de tálio, do grego thalos, um broto verde, que é o elemento químico de número atómico 81. Também identificou a primeira amostra conhecida de hélio, em 1895. Foi o inventor do radiômetro de Crookes, vendido ainda como uma novidade, e desenvolveu os tubos de Crookes, investigando os raios catódicos.

Em suas investigações sobre a condutividade da eletricidade em gases sob baixa pressão, descobriu que, à medida que se diminuía a pressão, o elétrodo negativo parece emitir raios (os chamados raios catódicos, que hoje se sabe tratarem-se de um feixe de elétrons livres, utilizado nos dispositivos de vídeo padrão CRT). Como esses exemplos mostram, Crookes foi um pioneiro na construção e no uso de tubos de vácuo para estudar fenômenos físicos. Foi, por conseguinte, um dos primeiros cientistas a investigar o que hoje é chamado de plasmas. Também criou um dos primeiros instrumentos para estudar a radioatividade nuclear, o assim-chamado espintariscópio.

Nikola Tesla
Foi um inventor nos campos da engenharia mecânica e eletrotécnica, de etnia sérvia nascido na aldeia de Smiljan, Vojna Krajina, no território da atual Croácia. Era súdito do Império Austríaco por nascimento e mais tarde tornou-se um cidadão estadounidense. Tesla é muitas vezes descrito como um importante cientista e inventor da idade moderna, um homem que "espalhou luz sobre a face da Terra". 

É mais conhecido pela suas muitas contribuições revolucionárias no campo do eletromagnetismo no fim do século XIX e início do século XX. As patentes de Tesla e o seu trabalho teórico formam as bases dos modernos sistemas de potência elétrica em corrente alternada (AC), incluindo os sistemas polifásicos de distribuição de energia e o motor AC, com os quais ajudou na introdução da Segunda Revolução Industrial.

Depois da sua demonstração de transmissão sem fios (rádio) em 1894 e após ser o vencedor da "Guerra das Correntes", tornou-se largamente respeitado como um dos maiores engenheiros eletrotécnicos que trabalhavam nos EUA. Muitos dos seus primeiros trabalhos foram pioneiros na moderna engenharia electrotécnica e muitas das suas descobertas foram importantes a desbravar caminho para o futuro. Durante este período, nos Estados Unidos, a fama de Tesla rivalizou com a de qualquer outro inventor ou cientista da história e cultura popular, mas devido à sua personalidade excêntrica e às suas afirmações aparentemente bizarras e inacreditáveis sobre possíveis desenvolvimentos científicos, Tesla caiu eventualmente no ostracismo e era visto como um cientista louco. Nunca tendo dado muita atenção às suas finanças, Tesla morreu empobrecido aos 86 anos.

Philipp Eduard Anton von Lenard
Foi um físico alemão nascido na Hungria. Recebeu o Nobel de Física de 1905, pelas suas investigações sobre os raios catódicos e o descobrimento de muitas das suas propriedades. Foi senador da Sociedade Kaiser Wilhelm, de 1933 a 1946. Ele também foi um defensor ativo da ideologia nazista .

Como físico, grandes contribuições Lenard eram no estudo de raios catódicos, que começou em 1888. Antes de seu trabalho, os raios catódicos eram produzidos em tubos de primitivas, que são parcialmente evacuado tubos de vidro que têm eletrodos metálicos neles, através da qual uma alta voltagem pode ser colocado. Raios catódicos eram difíceis de estudar porque estavam no interior de tubos de vidro fechado, de difícil acesso, e porque os raios eram, na presença de moléculas de ar. 

Lenard, para superar esses problemas, criou um método de fazer pequenas janelas metálicas no vidro que eram grossos o suficiente para ser capaz de suportar as diferenças de pressão, mas finas o suficiente para permitir a passagem dos raios. Tendo feito uma janela para os raios, ele poderia passá-los para fora do laboratório, ou, alternativamente, em uma outra câmara que foi completamente evacuada. Ele foi capaz de detectar os raios convenientemente e medir sua intensidade por meio de folhas de papel revestido com material fosforescente.  Estas janelas têm vindo a ser conhecido como janelas Lenard.

Suas últimas observações foram explicadas por Albert Einstein como um efeito quântico. Esta teoria prevê que a trama da energia de raios catódicos em relação a freqüência seria uma linha reta com uma inclinação igual a constante de Planck, h. Este mostrou-se o caso alguns anos mais tarde. A foto-elétrico teoria quântica foi a obra citada, quando Einstein recebeu o Prêmio Nobel em Física. Suspeitos da adulação geral de Einstein, Lenard tornou um cético proeminente da relatividade e das teorias de Einstein, geralmente, ele não pôs em causa a explicação de Einstein do efeito fotoelétrico. 


Fonte: Wikipédia (com adaptações).

terça-feira, julho 12, 2011

Sem risco de um acidente nuclear em Iperó-SP

O Centro Experimental de Aramar, localizado em Iperó-SP, não oferece risco de um acidente nuclear, garante a Marinha do Brasil. Mesmo assim, a Santa Casa de Sorocaba passará a contar com uma ala para receber vítimas no caso de um incidente com vazamento radiativo.   

Segundo o diretor do Centro de Comunicação Social da Marinha, contra-almirante Paulo Maurício Farias Alves, as atividades em Aramar contam com diversos dispositivos de segurança, de forma a manter os riscos dentro dos parâmetros internacionais.

De forma técnica, ele explica que o centro “é dotado de conceitos de barreiras em profundidade, sistemas redundantes e emprego de dispositivos passivos, que não dependem de energia elétrica ou externa”.

Simplificando, ao menor sinal de vazamento a unidade oferece uma espécie de lacração para que nenhum resíduo chegue ao ambiente externo.

“De acordo com as normas da Agência Internacional de Energia Nuclear, as áreas com potencial para sofrer algum efeito estão circunscritas a um raio de 800 metros, portanto não há risco para qualquer cidade próxima”.

O contra-almirante explica que cada setor de Aramar possui um plano de ação com procedimentos atrelados à segurança industrial e nuclear.
 
“Tais procedimentos incluem o uso de equipamento de proteção individual; uso de detectores de diversas substâncias; emprego de sistemas de monitoração e alarme”, esclarece Alves. “Além disso as equipes de segurança industrial, de proteção radiológica e de saúde são treinadas periodicamente”, finaliza o contra-almirante.
Emendas estão sendo destinadas  para as obras   
Os deputados federais estão destinando emendas para as  obras  na Santa Casa de Sorocaba. O deputado Jefferson Campos (PSB) destinou R$ 500 mil do orçamento da União para a construção da nova ala de atendimento na Santa Casa.

Segundo o provedor do hospital, José Antônio Fasiaben, outros parlamentares estão fazendo emendas. “A ala foi um pedido da comando de Centro Experimentar de Aramar.”

Fasiaben explica que a Santa Casa recebeu a visita de oficiais da  Marinha. “Eles fizeram um relatório. Nosso hospital atende às necessidades”.

Sobre o projeto e equipamentos necessários, Fasiaben explica que a Marinha está fazendo o projeto. O provedor informa que ainda não tem detalhes sobre o funcionamento da ala e o cronograma de instalação.

A construção da ala atende  à resolução CNEN-NE-1.0/2002, da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que versa sobre o Licenciamento de Instalações Nucleares e exige facilidades médicas de apoio, internas e externas, ao pessoal alocado em tais instalações.

R$ 1 bilhão  é quanto foi destinado em 2007 pelo então presidente Lula para os projetos desenvolvidos em Aramar.

Fonte: Rede BOM DIA (com adaptações).

segunda-feira, julho 11, 2011

3 regiões dos Açores com alerta de ultravioletas

A radiação ultravioleta pode causar graves prejuízos para a saúde se o nível de UV exceder os limites de segurança


O Funchal, uma cidade portuguesa na ilha da Madeira, registra esta semana um nível de radiação ultravioleta (UV) extremo e outras 10 regiões contam com níveis muito altos, segundo dados do Instituto de Meteorologia (IM).

Na região do Funchal, a incidência será maior entre 12:00 e as 17:00, quando o nível extremo de radiação ultravioleta atinge o índice 11.

O IM considera que o nível extremo representa perigo e pede às pessoas para evitarem o máximo possível a exposição ao sol e aproveitarem para ficar em casa.

Ao mesmo tempo, 10 regiões apresentam níveis de radiação ultravioleta muito alto, entre os índices 8 e 10, casos de Bragança, Coimbra, Évora, Faro, Lisboa, Penhas Douradas, Sines, Santa Cruz, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada, as três últimas nos Açores.


No caso de índice muito alto, o IM aconselha a utilização de óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt, protetor solar e guarda-sol bem como evitar a exposição das crianças ao sol. 

 

Fonte: RTP/Antena 1 (com adaptações)

domingo, julho 10, 2011

Agilent Technologies desenvolve método para medir radioatividade de forma rápida e precisa


A Agilent Technologies Inc. anuncia o desenvolvimento de um novo método para identificar iodo radioativo usando a técnica de espectrometria de massas com fonte de plasma acoplada indutivamente (ICP-MS). O método será usado pela primeira vez pela Universidade do Japão, com o sistema doado pela Agilent, um ICP-MS modelo 7700.  Os testes serão realizados no laboratório do Dr. Yasuyuki Muramatsu, expert em radiação ambiental. O Dr. Muramatsu, professor do departamento de química da universidade, foi recentemente indicado pela Prefeitura de Fukushima para avaliar o efeito da radiação nas fazendas da região depois que as usinas de energia nuclear locais foram danificadas pelos recentes terremoto e tsunami.

O laboratório do Dr. Muramatsu mede elementos radioativos em nível de ultra traços, incluindo os isótopos de iodo 129, 131 e 127, assim como os elementos césio (Cs) e estrôncio (Sr) em nível de traços. Esses elementos são importantes para medir os radioisótopos que vazaram do reator para o meio ambiente.

“O iodo radioativo 129 exige atenção especial por ser de alta resistência”, afirma o Dr Muramatsu. “Controlar seus níveis será importante para avaliação do iodo radioativo depositado no meio ambiente”. Este nuclídeo é despejado continuamente no meio ambiente como resultado de testes de armas nucleares, acidentes em usinas nucleares e emissões de usinas de reprocessamento de combustível nuclear.

“Essa aplicação requer o uso de uma célula de colisão/reação de alta energia com oxigênio, existente no sistema Agilent ICP-MS 7700,” ressalta Daniela Schiavo, especialista de aplicações da área de ICP-MS da Agilent. “Apesar de existirem outras técnicas e instrumentos de medição, como nossos outros sistemas de ICP-MS, acreditamos que a medição do Iodo 129 com este método é a forma mais rápida, mais precisa e de menor custo”.

Desde o terremoto de 11 de março, a Agilent e a Fundação Agilent Technologies têm contribuído com mais de US$ 850.000 em doações e equipamentos em resposta à tragédia.

Sobre a Agilent Technologies
 
A Agilent Technologies Inc é a principal empresa do mundo em medição analítica e uma das principais em análises químicas, biociências, eletrônica e comunicações.  Os 18.500 funcionários da empresa estão a serviço de clientes em mais de 100 países.


Fonte: Planeta Universitário.com

terça-feira, julho 05, 2011

Você sabe de onde surgiu a idéia do símbolo da radiação?

Por Mariana Duarte


Segundo o livro de Fundamentos de Radioproteção e Dosimetria do Luiz Tauhata, o símbolo de advertência de radiação como é atualmente conhecido (exceto pelas cores utilizadas) foi concebido na Universidade da Califórnia, no laboratório de radiação de Bekerley duranto o ano de 1946 por um pequeno grupo de pessoas.

O símbolo inicialmente impresso era magenta sobre azul e o uso do desenho se espalhou pelos Estados Unidos. O tema escolhida era representando a atividade irradiando de um átomo. O uso do azul como fundo não era uma boa escolha, uma vez que o azul não é reomendado para ser utilizado em sinais de aviso e semelhantes, visto que degrada com o tempo, principalmente se usado no exterior. O uso do amarelo como fundo foi provavelmebte padronizado pelo Oak Ridge National Laboratory no começo de 1948.

No início dos anos cinquenta foram feitas modificações no desenho original como, por exemplo, a adição de setas retas ou ondulantes entre ou dentro das hélices propulsoras. No meio dessa década, uma norma ANSI e regulamentações federais finalizaram a versão atual. Regulamentos atuais também permitem o uso do preto como um substituto para magenta. Na verdade, preto no amarelo é a combinação mais comum fora da cor dos EUA.


Não está claro porque este símbolo foi escolhido. Uma hipótese é a de que este símbolo era utilizado no dique seco da base naval perto de Berkeley, para avisar sobre propulsores girando. Outra, é de que o desenho foi concebido imaginando o círculo central como uma fonte de radiação e que as três lâminas representariam uma lâmina para a radiação alfa, outra para radiação beta e outra para gama.

Existe ainda uma forte similaridade com o símbolo comercial de aviso de radiação existente antes de 1947, que consistia de um pequeno ponto vermelho, com quatro ou cinco raios irradiando para fora. O símbolo inicial era muito semelhante aos sinais de advertência de perigo elétrico.

Uma outra versão é de que o símbolo foi criado um ano após a II Guerra Mundial e que teria certa semelhança com a bandeira japonesa de guerra, a qual havia se tornado familiar à população da costa oeste americana.


O símbolo da radiação não pode ser confundido com o símbolo da Defesa Civil, que é composto por um círculo dividido em seis partes iguais em amarelo e preto. Não há círculo central. O símbolo da Defesa Civil representa um abrigo de segurança enquanto o símbolo de aviso de radiação representa um perigo.


De qualquer forma, a escolha do símbolo foi uma boa escolha, uma vez que é simples, fácil e prontamente identificável e não é similar a outros, além de ser identificável a grandes distâncias.

Variações do trifólio

Radiação de Nêutrons

Algumas variações sobre o símbolo existem. Estes incluem advertências adicionais. Outra variação é a utilização de 'N' a letra no símbolo para denotar radiação de nêutrons. Isso, no entanto, parece estar fora do padrão e não é reconhecido por qualquer dos órgãos reguladores. Ele já apareceu, no entanto, e pode ser utilizado em circunstâncias como um alarme de radiação que usaria o símbolo para esclarecer que tipo de radiação está sendo detectado.

Em geral, o trifólio padrão é considerado adequado para fontes de nêutrons, gama, raios-X ou outros campos de radiação. Pode ou não ser utilizado para feixes de partículas, dependendo das circunstâncias.

Novo símbolo de aviso público
 
Em 2007, a AIEA e ISO anunciou a adoção de um símbolo de radiação novo, destinado a ser utilizado em circunstâncias especiais, onde o público pode estar em perigo devido a um perigo de radiação. O sinal inclui o trevo e não vai substituir o trifólio por si só, para uso geral. Acredita-se que o novo projeto será capaz de melhor expressar simbolicamente que não há perigo e manter distância. Pretende-se abordar o problema das populações que não podem ser alfabetizadas ou de língua isolada e sem saber dos perigos expressos pelos outros sinais de alerta.

Ele diz claramente: "Se você ver uma ventoinha com linhas onduladas ou esperma saindo dela, você deve correr para o lado, longe de os piratas."
 

Podem rir, porque isso é engraçado mesmo.


Fonte: Livro Fundamentos de Radioproteção e Dosimetria - Luiz Tauhata, Oak Ridge Associated Universities - ORAU, Depleted Cranium (com adaptações).

segunda-feira, julho 04, 2011

Fenômenos da Luz

Refração

De um modo simplificado, é a passagem da luz por meios com diferentes índices de refração. A refração modifica a velocidade da luz, mesmo que a direção permaneça a mesma (caso a luz incida perpendicularmente à superfície).
 
Em dias quentes, geralmente em estradas asfaltadas, é muito comum o caminho parecer estar molhado. Isso acontece porque o ar que está próximo ao solo se esquenta, se expandindo. Isso provoca uma queda em sua densidade, diminuindo seu índice de refração em relação ao ar que está mais longe do solo. Quando a luz incide nessa massa de ar menos densa, com um ângulo acima do limite, acontece a reflexão total, que dá a sensação de que a estrada está molhada.


Observamos que, quando um raio de luz incidente for oblíquo, a refração é acompanhada de desvio de direção, o que não acontece se a incidência do raio for perpendicular.
 
Deflexão
 
Deflexão do meio ou refração da luz são fenômenos de origens diferentes com resultados iguais que tanto podem ser explicados como demonstrados, quando um raio de luz atravessa dois meios diferentes ou quando mergulhamos um lápis n’água. Astronomicamente a ocorrência da deflexão da luz associada a gravitação pode ser assistida no mesmo teatro de transformações observáveis, dirigidos a refração que igualmente acontece a todos corpos celestes rentes à linha do horizonte que na verdade estão abaixo da linha do horizonte. Nesse sentido, alguns cientistas acreditam que um campo gravítico muito forte foi a causa da pequena diferença encontrada entre a posição estimada e a verdadeira de uma estrela que durante um eclipse do sol ao cruzar dois horizontes, lua, sol e três meios teve a atmosfera de seus feixes de luz arqueados em direção ao limbo do sol e da lua.

 


Segundo os cálculos do físico Albert Einstein nessa previsão, o ângulo da deflexão da luz seria de 1,7 segundos de arco e só seria mensurável com a ajuda do telescópio. Isso foi encontrado nas duas únicas observações desse tipo, no eclipse de 1919 acontecido em Sobral, Ceará; e na Ilha de Príncipe, África depois disso outras tentativas foram feitas com melhores equipamentos e acompanhamento aéreo sem nenhum sucesso.

 


Reflexão
 
Em física, o fenômeno da reflexão consiste na mudança da direção de propagação da energia (desde que o ângulo de incidência não seja 0º). Consiste no retorno da energia incidente em direção à região de onde ela é oriunda, após entrar em contato com uma superfície refletora.
A energia pode tanto estar manifestada na forma de ondas como transmitida através de partículas. Por isso, a reflexão é um fenômeno que pode se dar por um caráter eletromagnético ou mecânico. A reflexão difere da refração porque nesta segunda, ocorre alteração nas características do meio por onde passa a onda. 

A reflexão luminosa é a base da construção e utilização dos espelhos. Os espelhos, tanto planos, como os esféricos, tem larguíssima utilização e são a base dos telescópios refletores, que sofrem de menos restrições do que os telescópios refratores.





Polarização
 
Em física, polarização é uma propriedade de ondas eletromagnéticas. Ao contrário de ondas mais familiares como as ondas aquáticas ou sonoras, as ondas eletromagnéticas são tridimensionais e a polarização é uma medida da variação do vetor do campo elétrico dessas ondas com o decorrer do tempo.

Toda luz que reflete-se em uma superfície plana é ao menos parcialmente polarizada. Você pode pegar o filtro polarizador e segurá-lo em um ângulo de 90º graus em relação à reflexão, e essa será reduzida ou eliminada. Filtros polarizadores removem luz polarizada a 90º graus do filtro. É por isso que você pode pegar dois polarizadores e posicioná-los um a um ângulo de 90º graus do outro e nenhuma luz atravessará.

A luz pode ser espessa ou até institucionada com a tela polarizada e pode ser observada ao seu redor se você sabe o que ela é e o que procurar (as lentes de óculos de sol Polaroid funcionarão para demonstrar). Enquanto estiver olhando através do filtro, gire-o, e se houver presença de luz polarizada linear ou elíptica o grau de iluminação mudará. 


Polarização por espalhamento é observada quando a luz passa através da atmosfera. A luz dispersa freqüentemente produz brilho nos céus. Fotógrafos sabem que esta polarização parcial da luz dispersa produz um céu 'washed-out'. Um fenômeno fácil para primeira observação é olhar, ao pôr-do-sol, para o horizonte a um ângulo de 90º graus do pôr-do-sol. Outro efeito facilmente observado é a drástica redução de brilho de imagens do céu e nuvens refletidas em superfícies horizontais, que é a razão pela qual freqüentemente se usa lentes polaróide em óculos de sol. Também freqüentemente visível através de óculos-de-sol polarizantes são padrões em forma de arco-íris gerados por efeitos bi-refringentes dependentes da cor, como por exemplo em vidros enrijecidos (vidros de carros) ou objetos compostos por plástico transparente. 

Pincel de Haidinger
A função da polarização em monitores de cristal líquido (LCDs) é constantemente observada através de óculos de sol, o que causa uma redução no contraste ou até mesmo torna o conteúdo mostrado ilegível através dos mesmos.

De fato, o olho humano é pouco sensível à polarização, sem a necessidade da utilização de filtros.

Resumindo, a Luz Polarizada é, diferentemente da luz normal, uma radiação eletromagnética que se propaga, ao atravessar um meio em apenas um plano, sendo assim a luz polarizada não atende todas as direções. A luz comum se propaga em todos os planos possíveis. A Luz Polarizada é obtida através de aparelhos específicos (polarizador), ou fazendo luz comum atravessar um Prisma de Nicol.
 
Prisma de Nicol



Uma propriedade da luz polarizada é a de ser desviada para a direita ou para a esquerda ao se propagar através de certos compostos químicos por razão de Isomeria óptica das substâncias. Sua utilidade é comprovar e classificar (dextrogiro ou levogiro) a existência de isomeria óptica nos compostos.

 


Difração
 
É um fenômeno que ocorre com as ondas quando elas passam por um orifício ou contornam um objeto cuja dimensão é da mesma ordem de grandeza (ou seja, os seus valores são aproximados, tais como o 8 e o 10) que o seu comprimento de onda.

Como este desvio na trajetória da onda, causado pela difração, depende diretamente do comprimento de onda, este fenômeno é usado para dividir, em seus componentes, ondas vindas de fontes que produzem vários comprimentos de onda.

Para a luz visível, usa-se uma rede de difração, formada por uma superfície refletiva ou transparente em que se marcam vários sulcos, bem próximos uns dos outros (décimos ou centésimos de milímetro, pois o comprimento de onda da luz é da ordem de 5.10−7m - o metro dividido em 10 milhões de partes). Exemplos destas redes e suas propriedades: quando se olha um tecido de trama fina contra uma lâmpada distante, quando olhamos o reflexo num CD ou quando olhamos a Lua através de uma nuvem, vemos faixas ou halos coloridos, devido à difração da luz por pequenos obstáculos (a trama, os sulcos do CD ou as gotículas de água na nuvem).

A difração acontece facilmente nas ondas sonoras, pois são ondas com comprimento de onda grande (variam de 2 cm a 20m). Conseguimos ouvir alguém falar mesmo que não possamos ver a pessoa, pois as ondas sonoras contornam as superfícies.




Fonte: Wikipédia, Algosobre Vestibular (com adaptações).