Busca

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

China avança em direção à independência energética

A China atravessou uma importante etapa tecnológica ao conseguir reutilizar o combustível nuclear em um reator experimental, um processo já praticado por outros países, mas que pode garantir a longo prazo sua independência energética, afirmam especialistas.

A rede de televisão nacional CCTV anunciou na semana passada que o país poderia utilizar suas reservas de urânio durante 3 mil anos, em vez dos 50 a 70 anos previstos até o momento, graças a um experimento bem-sucedido da China National Nuclear Corporation (CNNC).

De fato, esta "conquista tecnológica" foi observada em 21 de dezembro na usina 404 da CNNC, localizada em uma região desértica da longínqua província de Gansu (noroeste), onde engenheiros chineses conseguiram reutilizar combustível em um reator experimental.


"Em um primeiro momento, o reator foi ligado utilizando produtos não radioativos ou levemente radioativos. Depois, passou-se para uma fase de testes ativos com material físsil, radioativo", explicou à AFP um especialista do ocidente em Pequim.

A China, agora, faz parte da "minoria de países" que controlam o ciclo completo do combustível nuclear, comemorou o diretor-geral da CNNC, Sun Qin, citado pela CCTV.
O país possui atualmente 13 reatores nucleares em atividade. Pequim autorizou a construção de mais 34, dos quais 26 estão em obras.

A experiência da CNNC "é uma etapa crucial para resolver o problema de matérias-primas enfrentado pela indústria nuclear, e que já foi superado pelos principais países nucleares", indicou à AFP o diretor do centro de pesquisas sobre economia de energia da Universidade de Xiamen, Lin Boqiang.

A China busca reduzir sua dependência de carvão, que cobre 70% de suas necessidades energéticas, mas suas reservas de urânio são limitadas.

O gigante asiático produz cerca de 750 toneladas de urânio por ano, mas a demanda anual pode elevar-se a 20 mil toneladas até 2020, devido a uma maior utilização da energia nuclear, segundo a imprensa.

Fonte: Google

Nenhum comentário: