Representantes das Indústrias Nucleares do Brasil (INB) afirmam que o
complexo de Caldas é regido por preceitos de segurança e proteção
ambiental e negam risco para as populações vizinhas. Em um mapa da
unidade apresentado à reportagem, o programa de monitoração ambiental
possui cerca de 40 pontos de amostragens e medidas.
"Fazemos monitoração contínua. Respeitamos todos os níveis de
lançamento (no ambiente) estabelecidos por todos os órgãos ambientais",
disse Adriano Maciel Tavares, superintendente de Produção Mineral.
Gerente de Descomissionamento da unidade, Luís Augusto Bresser Dores
destaca que as águas da região possuem, naturalmente, índices maiores de
minerais, como o manganês, que o estabelecido pelo Conselho Nacional do
Meio Ambiente (Conama). "Aqui a qualidade das águas é completamente
diferente." Tavares admite que "o grande desafio" é cessar a geração de
águas ácidas.
Segundo ele, o descomissionamento da unidade sofreu atraso por causa
das tentativas frustradas de dar uma nova destinação produtiva ao local e
pela complexidade técnica do processo. A INB montou no local uma planta
de produção de terras raras, mas o projeto foi abandonado em 2000.
"Tornou-se complicado, por ser minério de urânio. O descomissionamento é
inédito. A dificuldade de arrumar empresa no Brasil para isso é
enorme."
Sobre os depósitos, Tavares informou que a empresa vai reformar os
galpões e embalar de novo os recipientes com torta 2. A INB vai recorrer
e solicitar mais prazo para atender as determinações.
Fonte: ESTADÃO.COM.BR
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