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domingo, fevereiro 27, 2011

Tecnologia de satélite permite medir melhor energia solar, dizem cientistas

Novos dados sobre irradiação solar foram obtidos com nova calibragem.
Meta é saber como flutuações de energia no Sol afetam o clima na Terra.

Cientistas norte-americanos descobriram que a tecnologia de instrumentos em satélites pode ser determinante para medir com precisão a energia que o Sol envia à Terra, garantindo que o conhecimento que pode ajudar na compreensão das mudanças climáticas no planeta. As afirmações foram feitas na publicação científica "Geophysical Research Letters".

Greg Kopp, do Laboratório de Física Atmosféricas e Espacial (Lasp, na sigla em inglês), espaço ligado à Universidade de Colorado em Boulder, e Judith Lean, do Laboratório de Pesquisas Navais dos Estados Unidos, mediram o nível total da irradiação solar e descobriram valores menores que os registrados em 32 anos de monitoramento.

Monitor de Irradiação Total (TIM, na sigla em inglês), antes de ser lançado na espaçonave Sorce, da Nasa. Instrumentos de medição melhores proporcionam compreensão melhor sobre como a irradiação solar afeta o clima na Terra, em especial alusão ao aquecimento global, consenso atual entre cientistas. (Foto: Nasa)
Segundo os pesquisadores, esse achado levará satélites novos a trabalharem melhor para resolver a questão sobre se as flutuações solares afetam ou não o aumento médio na temperatura da Terra.

Durante estudos sobre a estrela, os pesquisadores notaram que o instrumento utilizado havia recebido recentemente um novo design óptico e calibragem, o que melhorou a precisão das medições. Esta ferramenta é o Monitor de Irradiação Total (TIM, na sigla em inglês), atualmente a bordo da nave Sorce (Solar Radiation and Climate Experiment ou Experimento sobre Radiação e Clima Solares, em tradução livre), na agência espacial norte-americana (Nasa).

A calibragem mais apurada do TIM, feita em solo terrestre pela equipe do Lasp, foi o que gerou medições mais precisas da energia solar dissipada na comparação com a calibragem anterior, oferecida pelo Instituto de Padrões e Tecnologia norte-americano (NIST, na sigla em inglês), agência federal responsável por estabelecer medidas e padrões à indústria nos Estados Unidos.

Uma das vantagens da pesquisa de Kopp e Lean é o auxílio à comunidade científica voltada ao estudo do clima para saber quais são as causas naturais e as humanas para o aquecimento global.

Durante um ciclo solar, período de referência para medir a atividade do astro e que dura 11 anos, Lean acredita que as variações na estrela sejam responsáveis por um aumento de 0,1 grau Celsius na temperatura global. Ela conclui que a influência do Sol não foi determinante como principal causa do aquecimento na Terra, pelo menos nas últimas três décadas.

Fonte: G1

 

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