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quarta-feira, julho 28, 2010

Mamamóvel


Parceria vai ampliar acesso ao Mamamóvel em cidades do Interior do Rio Grande do Sul

Nesta quinta-feira, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) anunciou que irá firmar uma parceria com o Instituto da Mama (Imama) para aumentar o número de mamografias no Rio Grande do Sul. "Faz três anos que a gente luta por isso e agora estamos dando o primeiro passo", afirmou a presidente Maira Caleffi, ao lembrar o esforço que o Imama vem fazendo para ampliar a utilização do Mamamóvel.



Este caminhão - equipado com consultório médico e mamógrafo se desloca por cidades distantes no Interior gaúcho. Além de exames de mamografia e palpação, o veículo leva também oficinas de conscientização. 

Conforme o Imama, a unidade móvel foi aprovada para receber o certificado de qualidade da Comissão de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia. Até agora, alguns entraves burocráticos dificultavam um uso maior do veículo. "O governo do Estado vai contratar o Mamamóvel para atender as mulheres que vivem em municípios onde não há o equipamento", afirma a titular da SES, Arita Bergmann.




A secretária fez o anúncio durante um evento promovido pelo Imama para lançar a 7ª edição da Caminhada das Vitoriosas. Neste ano, serão sete cidades gaúchas participantes. "Queremos convocar toda a população, e não só quem teve câncer, para que a gente possa mostrar que essa doença é preocupante e que precisamos fazer alguma coisa", destaca Maira.



A presidente do Imama aproveitou o lançamento para apresentar Marina da Silva Bernardo. "A história triste dessa senhora mostra a realidade das mulheres que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja, quase 80% da população brasileira."


Com 66 anos, dona Marina já enfrentou e venceu um câncer na mama em 2007. Em abril, foi diagnosticado um novo tumor. "Conseguir marcar uma consulta, nunca é fácil. É sempre para um mês depois. Na primeira vez, a quimioterapia demorou um ano para começar", relata.


Segundo Maira, o tempo ideal para dar início ao tratamento quimioterápico é de até 60 dias. "No SUS, a média de espera entre o diagnóstico e a cirurgia chega a 188 dias. É um absurdo". "A maior dificuldade é vencer a angústia e o desespero que vão tomando conta da gente", explica dona Marina. "Mesmo assim, eu não me entrego e vou continuar lutando para receber o atendimento a que tenho direito".




Fonte: Jornal do Comércio (com adaptações)

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